Ministro Lewandowski e Andrei Rodrigues cobraram do governo mais recursos e agentes para darem conta da nova atribuição.| Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, reconheceram nesta terça (5) que assumirão a fiscalização dos Caçadores, Atiradores esportivos e Colecionadores de armas (CACs) com baixo orçamento e efetivo de agentes.

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Isso porque começa a valer a partir de 2025 a transferência dessa atribuição do Exército para a PF, conforme o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho do ano passado. Lewandowski afirmou que está na “expectativa” de assumir o controle dos CACs e controle de armas, e que já solicitou ao governo mais recursos para cumprir a demanda.

“Claro que faltam recursos, pessoas e agentes para mais eficientemente cumprimos esse papel. Estamos otimistas. A ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviço Público) já nos prometeu para este ano um concurso de servidores administrativos, estamos aguardando também um concurso de mais policiais e também esperamos mais recursos”, disse o ministro em entrevista à GloboNews.

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Lewandowski e Passos estão em Glasgow, na Escócia, para a nomeação do delegado Valdevcy Urquiza como novo secretário-geral da Interpol. Ele é o primeiro brasileiro a assumir o cargo mais alto da associação policial que congrega 196 países – 145 deles votaram a favor dele.

Ricardo Lewandowski disse que está trabalhando com o governo e o ministério de Dweck por mais recursos que compensem o aumento das tarefas e atribuições da Polícia Federal. O pedido, no entanto, ocorre em meio à elaboração de um pacote de corte de gastos que deve ser anunciado ainda nesta semana e que deve atingir todos os ministérios.

Além de Lewandowski, o ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, também vem pedindo a Lula mais recursos para as Forças Armadas.

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Por outro lado, Rodrigues afirmou que a fiscalização dos CACs pela Polícia Federal está avançando, e que já fez neste ano a migração das bases de dados do Exército para o sistema Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Também pontuou que já vem trabalhando com os militares na transferência da fiscalização, mas que depende do encaminhamento de mais recursos.

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“Entramos num momento que precisamos sim de mais recursos para que a gente cumpra com excelência as tarefas que temos que cumprir. Já fazemos vários controles na área de polícia administrativa, segurança privada e bancária, controle de produtos químicos, e agora recebemos também essa tarefa e são quase um milhão de atiradores que estarão também sob o nosso controle”, pontuou Andrei Passos Rodrigues.

Dados mais recentes de julho deste ano apontam que o Brasil tem 803 mil registros de CACs, que cresceram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao assumir o terceiro mandato, no começo do ano passado, Lula editou uma série de decretos para restringir a venda de armas, incluindo a transferência da fiscalização que foi considerada baixa pelo governo.

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