Duas operações da Polícia Federal são realizadas na manhã desta terça (7) contra grupos suspeitos de participação em crimes previdenciários e fraudes na concessão de benefícios do Auxílio Brasil em 12 estados do país. Ao todo, são cumpridos 70 mandados de busca e apreensão e dois de prisão.
Em uma das operações, chamada de Apateones, os agentes apuram fraudes na concessão do Auxílio Emergencial nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal. São 47 mandados de busca e apreensão e mais dois de prisão.
A investigação, iniciada em 2020, aponta que o grupo teria movimentado mais de R$ 50 milhões com mais de 10 mil contas fraudadas. Pelo menos 37 pessoas estariam envolvidas no esquema, segundo a PF.
De acordo com a apuração da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), a fraude começou com a concessão irregular de 91 benefícios no valor de R$ 54,6 mil, desviados para duas contas bancárias de pessoa física e jurídica no município de Indaiatuba (SP).
O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos estava situada nos estados de Goiás e Rondônia, este último local de residência de familiares da pessoa física residente em Indaiatuba. Em um segundo estágio da investigação, diz a PF, “verificou-se que os beneficiários em questão receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias”.
A partir disso, a apuração identificou os altos valores movimentados através da análise de documentos dos Relatórios de Inteligência Financeira (RIF). Além da PF, participaram também da investigação o Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União.
Fraudes no INSS
Já a outra operação, chamada de Balaio, as investigações apontaram um desvio de R$ 81 milhões dos cofres do INSS com a concessão de cerca de 400 benefícios de pensão por morte de trabalhador rural nos estados do Piauí e Maranhão. São cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e o bloqueio judicial de R$ 19 milhões das contas bancárias de 13 pessoas.
Segundo as investigações da Polícia Federal junto da Coordenação de Inteligência Previdenciária (COINP), quatro servidores do INSS facilitavam a concessão dos benefícios “em conluio com intermediários de diversos municípios”, utilizando documentação falsa e direcionamento dos requerimentos de concessão.
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