Quatro mandados de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Federal na manhã desta quinta (29) contra suspeitos de envolvimento na tentativa de invasão da sede da autoridade em Brasília, no dia 12 de dezembro de 2022, e de dano e incêndio ao patrimônio público. Esta é a segunda operação do dia com ligação com atos antidemocráticos, sendo que a primeira é a 25ª fase da Operação Lesa Pátria, que mira supostos financiadores e fomentadores dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo a autoridade, esta é a segunda fase da Operação Nero e cumpre mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra alvos em Rondônia, São Paulo e Distrito Federal.
“No dia em questão [12 de dezembro/22], os suspeitos tentaram invadir a sede da Polícia Federal com o objetivo de resgatar um indivíduo detido pela instituição, naquela data. Além disso, os indivíduos iniciaram uma série de atos de vandalismo em Brasília/DF, incluindo a depredação da 5ª Delegacia de Polícia Civil e incêndios provocados em ônibus coletivos e veículos particulares”, disse a PF em nota.
Na época, a tentativa de invasão da sede da PF ocorreu após a prisão do líder indígena José Acácio Serere Xavante pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos. O ato ocorreu no mesmo dia da diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).
"Segundo a Polícia Federal, Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília (DF), notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos", disse o STF na época.
O tumulto ocorreu próximo ao hotel em que Lula estava morando durante o período de transição do governo, e nenhum participante foi preso na época. Eram cerca de 200 manifestantes, muitos deles vestidos com camisas amarelas e estampadas com a bandeira do Brasil.
"A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", escreveu a Procuradoria-Geral da República (PGR) na época.
Oito carros e cinco ônibus foram queimados durante o tumulto.
Segundo a PF, são apurados crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
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