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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira uma operação que mirou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A corporação cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em seis estados do país, no âmbito do Inquérito 4.781, conhecido como inquérito das fake news, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, que autorizou as ações desta quarta.O inquérito, que corre em sigilo, foi aberto pelo próprio presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, em março de 2019. O objeto são informações falsas e ameaças disseminadas contra o STF e também contra os próprios ministros.

A operação mira o grupo que é suspeito de disseminar informações falsas contra autoridades, além de possíveis financiadores do esquema. Luciano Hang, o empresário Edgard Corona, dono da rede de academias Smart Fit, e o investidor Otávio Oscar Fakhoury seriam os supostos patrocinadores.

O inquérito também deve colher os depoimentos de deputados bolsonaristas. Entre eles estão Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Filipe Barros (PSL-PR) e Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

Também foram incluídos Daniel Silveira (PSL-RJ), Cabo Junio Amaral (PSL-MG), além dos deputados estaduais por São Paulo Douglas Garcia (PSL) e Gidelvanio Santos Diniz (PSL), conhecido como "Carteiro Reaça". Segundo a determinação, os depoimentos devem ocorrer nos próximos dez dias.

Alexandre de Moraes também definiu prazo de 5 dias para que o ministro da Educação Abraham Weintraub explique à PF declaração proferida na reunião ministerial do dia 22 de abril, em defesa da prisão de integrantes do Supremo.

Para Alexandre de Moraes, a manifestação de Weintraub “revela-se gravíssima, pois, não só atinge a honorabilidade e constituiu ameaça ilegal à segurança dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, como também reveste-se de claro intuito de lesar a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado de Direito”.

Operação da PF contra Witzel

O suposto vazamento da Operação Placebo, que tem entre os alvos o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, será apurado por determinação do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Nesta quarta-feira (27), o magistrado solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a apuração do fato. A deputada federal Carla Zambelli (PSL) disse, um dia antes da operação, em entrevista à rádio Gaúcha, que governadores eram investigados por desvios na área da saúde. O ministro do STJ afirma que, se confirmado o vazamento, o autor deverá ser responsabilizado penalmente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR ) investiga a gestão de oito governadores por suspeitas de irregularidades em contratos na área da saúde firmados diante da pandemia da Covid-19.

Coronavírus no Brasil

Passados três meses do primeiro caso confirmado do novo coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde não conseguiu realizar nem 1 milhão de testes moleculares, considerado o padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para detecção da doença.

O Brasil foi nesta terça-feira (26), pelo segundo dia consecutivo, o país com mais mortes por Covid-19 identificadas em um período de 24 horas: foram 1.039 óbitos.

Um levantamento do Datafolha divulgado hoje revela que 60% dos entrevistados são a favor do lockdown, enquanto 36% se dizem contrários, 2% não responderam e 1%, indiferentes. A pesquisa foi realizada nos dias 25 e 26 de maio com 2.069 adultos por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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