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A Polícia Federal (PF) aguarda para esta quinta-feira (31) a chegada das imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras do Aeroporto Internacional de Roma que registraram as cenas com as supostas hostilidades ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e familiares, no dia 14 de julho.
As imagens foram solicitadas pela PF três dias depois do ocorrido. O pedido passou pela Justiça italiana e recebeu parecer favorável do Ministério Público da Itália no último dia 25.
A expectativa é de que as imagens esclareçam as contradições encontradas nos depoimentos dos envolvidos.
À PF, o ministro Alexandre de Moraes e a família disseram que foram abordados e xingados em Roma pelo casal Andréia e Roberto Mantovani e o genro, Alex Zanatta Bignotto, no aeroporto da capital italiana.
Já os acusados negam a versão do ministro e, em depoimento, disseram que houve apenas um “entrevero” por causa de vaga na sala VIP do local.
Além disso, a defesa do casal acusado por Moraes disse que o depoimento do ministro à PF contém uma “curiosa inovação” ao dar uma suposta conotação política ao fato.
“O que se pode dizer, de forma objetiva, é que nenhuma das ofensas agora divulgadas, envolvendo fraude às urnas ou interferência no resultado eleitoral, constou da representação ofertada pelo ministro Alexandre de Moraes, elaborada imediatamente após os fatos. Trata-se de uma curiosa inovação”, disse o advogado do casal, Ralph Tórtima Filho, após a divulgação de trechos do depoimento do ministro.
Antes do pedido da PF para envio das imagens ser acatado pela Justiça italiana, a defesa dos acusados entregou aos investigadores um vídeo gravado por celular em que, segundo o advogado, o ministro Moraes aparece chamando os supostos agressores de “bandidos”.