
A Polícia Federal prendeu nesta quinta (20) o empresário Marcelo Fernandes Lima, acusado de furtar uma réplica da Constituição de 1988 durante os atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Ele estava sob medidas cautelares e teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações confirmadas à Gazeta do Povo, a prisão ocorreu durante uma ação da PF na cidade mineira de São Lourenço (MG) com o apoio da Polícia Militar.
“Entre as acusações, destaca-se o furto de uma réplica da Constituição Federal de 1988 durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Além da pena de reclusão e detenção, o condenado deverá pagar, de forma solidária com os demais envolvidos, R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos”, disse a PF em nota.
A autoridade informou que a prisão ocorreu após a expedição do mandado pelo STF, que “condenou o réu a 17 anos de prisão”. Ele é acusado dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
No dia do furto, Lima carregou a réplica até o lado de fora da sede do STF e a exibiu aos manifestantes, que bradaram palavras de ordem. Ele a levou embora e devolveu quatro dias depois e foi preso no dia 25 de janeiro daquele ano na cidade de Varginha (MG).
“A Constituição que os terroristas roubaram no STF foi apreendida e recuperada. Viva a Constituição! Ela venceu e sempre vencerá”, escreveu o então ministro da Justiça, Flávio Dino, nas redes sociais.
Dados do Ministério Público Federal (MPF) de dezembro apontam que 310 pessoas já foram condenadas pelo STF por participação nos atos, sendo 229 como executoras e 81 como incitadoras.