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Operação Trapiche

PF prende no Rio mais um suspeito de ligação com o Hezbollah

Polícia Federal
Homem foi preso na noite deste domingo (12) suspeito de participar de esquema de recrutamento de brasileiros para ataques no Brasil. (Foto: Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil)

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A Polícia Federal prendeu mais um suspeito de ligação com o grupo terrorista Hezbollah que planejava recrutar brasileiros para atos antissemitas contra a comunidade judaica no Brasil. A prisão ocorreu na noite deste domingo (12) no Rio de Janeiro, segundo apuração do G1.

Ele é o quarto suspeito de participação no esquema preso pela PF em menos de uma semana, além de uma pessoa em Goiás na última sexta (10) e de outras duas em São Paulo na quarta (8), quando a autoridade deu início à Operação Trapiche.

Segundo as investigações, os detidos teriam sido aliciados pelo grupo libanês para promover ataques terroristas contra edifícios da comunidade judaica no país, como sinagogas e escolas. O Hezbollah se opõe a Israel no contra-ataque ao grupo terrorista Hamas, que desencadeou a guerra no Oriente Médio no início do mês passado.

Ainda há um outro integrante do grupo investigado pela PF e que se suspeita estar no Líbano – ele passou a integrar a “Difusão Vermelha” da Interpol de pessoas procuradas. De acordo com a investigação, ele é sírio naturalizado brasileiro e veio ao país em 2008, onde foi preso em flagrante em 2014 por vender bebida alcoólica para um menor de idade em Minas Gerais.

A apuração aponta que este homem seria o responsável pelo recrutamento de brasileiros para os ataques, com a formação de uma rede de mercenários que prestariam serviços para o Hezbollah. Pelo menos um dos interrogados pela PF teria o reconhecido como um dos mensageiros com quem se encontrou no Líbano para ser orientado sobre ataques no Brasil.

A organização extremista muçulmana parabenizou o Hamas pelos ataques a Israel no dia 7 de outubro e afirmou que "o inimigo pagará o preço pelos seus crimes contra civis", disse o Hezbollah à Reuters sobre a ofensiva israelense que ocasionado a morte de civis na Faixa de Gaza.

Segundo a PF, os recrutadores e os recrutados podem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, com penas que podem chegar a 15 anos e 6 meses de reclusão.

Ainda de acordo com a autoridade, os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto. O cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.

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