A Polícia Federal prendeu mais um suspeito de ligação com o grupo terrorista Hezbollah que planejava recrutar brasileiros para atos antissemitas contra a comunidade judaica no Brasil. A prisão ocorreu na noite deste domingo (12) no Rio de Janeiro, segundo apuração do G1.
Ele é o quarto suspeito de participação no esquema preso pela PF em menos de uma semana, além de uma pessoa em Goiás na última sexta (10) e de outras duas em São Paulo na quarta (8), quando a autoridade deu início à Operação Trapiche.
Segundo as investigações, os detidos teriam sido aliciados pelo grupo libanês para promover ataques terroristas contra edifícios da comunidade judaica no país, como sinagogas e escolas. O Hezbollah se opõe a Israel no contra-ataque ao grupo terrorista Hamas, que desencadeou a guerra no Oriente Médio no início do mês passado.
Ainda há um outro integrante do grupo investigado pela PF e que se suspeita estar no Líbano – ele passou a integrar a “Difusão Vermelha” da Interpol de pessoas procuradas. De acordo com a investigação, ele é sírio naturalizado brasileiro e veio ao país em 2008, onde foi preso em flagrante em 2014 por vender bebida alcoólica para um menor de idade em Minas Gerais.
A apuração aponta que este homem seria o responsável pelo recrutamento de brasileiros para os ataques, com a formação de uma rede de mercenários que prestariam serviços para o Hezbollah. Pelo menos um dos interrogados pela PF teria o reconhecido como um dos mensageiros com quem se encontrou no Líbano para ser orientado sobre ataques no Brasil.
A organização extremista muçulmana parabenizou o Hamas pelos ataques a Israel no dia 7 de outubro e afirmou que "o inimigo pagará o preço pelos seus crimes contra civis", disse o Hezbollah à Reuters sobre a ofensiva israelense que ocasionado a morte de civis na Faixa de Gaza.
Segundo a PF, os recrutadores e os recrutados podem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, com penas que podem chegar a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Ainda de acordo com a autoridade, os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto. O cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF