A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a inclusão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O pedido partiu da bancada feminista do Psol.
As parlamentares do Psol argumentaram que, após o fim do sigilo do relatório da Polícia Federal sobre o caso, “foi possível verificar que o representado [Tarcísio] esteve no Palácio da Alvorada no dia 19.11.2022, ocasião em que teria sido discutida a ‘minuta do golpe’ pelos investigados”.
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 39 pessoas na investigação. Para a bancada do Psol, “parece pouco crível e improvável que em meio ao furor da trama que intentava subverter a ordem democrática, o governador fiel assecla de Jair Bolsonaro, tenha comparecido ali apenas para tratar de amenidades ou ali passou para somente um ‘cafezinho’ com o ex-presidente”.
No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que não há elementos que indiquem a participação de Tarcísio na reunião ou na articulação do suposto golpe. Além disso, Gonet afirmou que a PF tem conhecimento do controle de saída e entrada do Palácio da Alvorada na ocasião.
“Não há, assim, qualquer nova circunstância ou fato que justifique a adoção de providências pela Procuradoria-Geral da República ou pela Corte”, disse o PGR. Gonet defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o pedido da bancada feminina do Psol contra o governador de São Paulo.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, deve analisar o parecer. A investigação está sendo analisada pela PGR, que deve decidir se denúncia ou não os investigados. Na semana passada, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que um relatório complementar será apresentado nos próximos dias, com base em informações obtidas durante a Operação Contragolpe.
Tarcísio foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e se elegeu com o apoio do ex-presidente. Após o indiciamento, o governador defendeu o aliado. “Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, disse o governador em novembro de 2024.
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
Big Brother religioso: relatório revela como a tecnologia é usada para reprimir cristãos
Cuba e México disparam de posição entre os países que mais perseguem cristãos no mundo
O problema do governo não é a comunicação ruim, mas a realidade que ele criou
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF