A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti no âmbito do inquérito que apura a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com a denúncia da PGR, “os acusados buscavam obter vantagem de ordem midiática e política, que adviria do projeto de desmoralização do sistema de Justiça, bem como causar danos ao funcionamento da máquina administrativa judiciária”.
Os dois são denunciados pela prática dos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica.
Segundo o relatório da Polícia Federal (PF), a invasão teria ocorrido em novembro de 2022. E, em janeiro de 2023, Delgatti teria inserido documentos falsos no sistema do CNJ, como um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio ministro.
Em depoimento, o hacker disse à PF que o falso mandado foi redigido pela deputada Carla Zambelli.
A denúncia foi encaminhada ao relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (23). O magistrado determinou que os acusados sejam notificados e apresentem resposta à denúncia.
Por meio de nota, a defesa da deputada disse que recebeu a denúncia da PGR com “surpresa” e destacou que “inexiste qualquer prova efetiva” do suposto envolvimento de Zambelli com o hacker”.
“A narrativa dele acusando a deputada e terceiras pessoas foi desmentida pela própria investigação, e a defesa irá exercer sua amplitude para demonstrar que ela não praticou as infrações penais pelas quais foi acusada”, diz um trecho da nota.
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