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Segundo o subprocurador Carlos Frederico Santos, “só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”
Segundo o subprocurador Carlos Frederico Santos, “só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”| Foto: SECOM TSE

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta terça-feira (18) que não irá investigar os milhões de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda, o subprocurador Carlos Frederico Santos pediu ao ministro Alexandre de Moraes que determine que as plataformas enviem ao Supremo Tribunal Federal (STF) “lista completa com os nomes e dados de identificação” dos seguidores de Bolsonaro.

O pedido gerou críticas e preocupação entre os eleitores e apoiadores do ex-presidente. Em nota, seus advogados criticaram o ato, dizendo que ele não guarda qualquer conexão com a investigação sobre as invasões às sedes dos Poderes no 8 de janeiro, “tratando-se de inaceitável e absurda tentativa de monitoramento político”.

Em comunicado à imprensa, a PGR disse que o objetivo do pedido é “obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais”.

“Impõe-se dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance. Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso”, afirmou Carlos Frederico Santos, responsável pela condução das investigações no órgão. “Só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, afirmou ainda, segundo a PGR.

Ainda segundo a PGR, o subprocurador reconhece que há pessoas que seguem Bolsonaro “por curiosidade, informação, motivação profissional, acadêmica ou interesses diversos”.

O pedido foi feito no âmbito do inquérito que investiga instigadores das manifestações que resultaram na depredação do Congresso, Palácio do Planalto e STF. Além dos dados dos seguidores, a PGR também quer das empresas de tecnologia todas as postagens de Bolsonaro sobre eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Forças Armadas e STF.

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