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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a investigação envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson pode ter "elo relevante" com os atos de vandalismo de 8 de janeiro. A conclusão está em um parecer enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da Agência Brasil.
No parecer, Gonet se manifesta contrariamente ao pedido da defesa de Jefferson para que seja retirado do STF o processo ao qual o ex-deputado responde por acusações de ataque às instituições. Em 2022, Jefferson virou réu no Supremo acusado de incentivar a invasão do Senado e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Os fatos imputados ao réu Roberto Jefferson podem ser vistos como elo relevante nessa engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Essa perspectiva se fortalece na consideração de que se atribui ao réu, além de haver utilizado parte da estrutura partidária financiada pelo erário para fragilizar as instituições da República, ter formulado publicamente túrpidos ataques verbais contra instituições centrais da República democrática, num esforço que a visão deste momento permite situar como estratégia dirigida a fomentar movimento de rompimento condenável da ordem política”, diz o procurador-geral em seu parecer.
No ano passado, às vésperas das eleições, Roberto Jefferson foi preso após publicar um vídeo na internet em que atacava a então ministra do STF Cármen Lúcia. Durante o cumprimento do mandado de prisão ele disparou e lançou granadas contra policiais que foram ao local. Em razão disso, foi indiciado por tentativa de homicídio e virou réu na Justiça Federal.