O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), voltou a cobrar o presidente argentino Javier Milei para que se desculpe com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por supostas ofensas durante a campanha eleitoral do país neste ano.
A cobrança ocorre em meio aos primeiros dias de mandato de Milei na presidência da Argentina, que tomou posse há uma semana e está implantando as primeiras medidas do novo governo.
Pimenta afirmou que o Brasil vai manter relações pragmáticas com o vizinho, maior parceiro comercial do continente e terceiro maior do mundo. Lula não telefonou para Milei após a confirmação da vitória e nem compareceu à posse, na semana passada.
“Se ele [Milei] tiver interesse de ter um diálogo com o presidente Lula, em primeiro lugar, tem que pedir desculpas. Ofendeu gratuitamente o presidente”, disse Pimenta em entrevista ao jornal O Globo neste final de semana.
Por outro lado, Paulo Pimenta vê um certo avanço na relação entre os dois presidentes após Milei ter enviado uma carta a Lula no final de novembro desejando um “trabalho frutífero e de construção de laços que consolidem o papel que Argentina e Brasil podem e devem cumprir no acordo das nações”.
Lula chegou a ser convidado por Milei na carta para ir à posse. No entanto, dispensou o convite e enviou o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, para o evento.
“O gesto, com relação à China e ao Brasil, mostra que está descendo do palanque. Achei que ia demorar mais tempo, mas bateu um choque de realidade”, completou Pimenta ressaltando que Lula não foi à posse do presidente argentino por uma questão de “contingência de agenda e outras coisas”.
Entre os motivos foi a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de uma grande comitiva de aliados da direita, que poderiam gerar um atrito com Lula e seus apoiadores.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF