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Dino no STF

Pimenta diz que governo perdeu “jogador de qualidade” com ida de Dino ao STF

Paulo Pimenta
Ministro da Secom ainda minimizou a escolha de um homem ao STF enquanto Lula pregava mais diversidade nas escolhas. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), classificou a aprovação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) como uma perda para o governo – embora tenha sido indicado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pimenta avalia que os outros ministros que continuarão no governo e quem vier a substituir Dino no Ministério da Justiça terão de trabalhar mais para compensar a perda dele. De acordo com ele, o ministro é um “porta-voz importante do governo”.

“Quando um time perde um jogador com a qualidade do Flávio Dino, cada um dos outros jogadores vai ter que jogar um pouquinho mais para poder compensar”, disse Pimenta em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (17).

O ministro não poupou elogios a Dino, classificando-o como um político “excepcional, experiente, qualificado e corajoso”, e que a ausência dele “terá que ser respondida com um pouco mais de desempenho, de entrega, de cada um de nós”.

Dino reduziu ainda mais a presença de mulheres no alto escalão

Paulo Pimenta ainda minimizou o fato de Lula ter escolhido um homem ao STF mesmo com o discurso a favor da diversidade e a pressão para indicar uma mulher à vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, em setembro. A Corte terá agora apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia.

“Ele indicou mulheres para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Sempre que o presidente for tomar uma decisão e entender que a indicação de uma mulher poderá ser feita, com certeza ele fará”, justificou.

No entanto, as indicações de Lula para os altos escalões da República têm sido criticadas por deixarem mulheres de fora e substituir as que já estavam nos cargos desde o início do governo.

A mais recente foi a troca do comando da Caixa Econômica Federal, em que Lula demitiu a presidente Rita Serrano para acomodar um indicado do PP, o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, apadrinhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Antes de Rita, Lula também demitiu ministras indicadas no começo do novo governo, como a deputada Daniela Carneiro (Turismo) e a jogadora Ana Moser (Esporte). Elas foram substituídas pelos deputados Celso Sabino (União-PA) e André Fufuca (PP-MA).

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