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O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, minimizou nesta segunda-feira (9) as críticas do presidente Lula (PT) à comunicação do governo. Pimenta disse ter “as mesmas preocupações do presidente” e destacou que Lula pode contar com ele “para qualquer tarefa”.
Durante um evento do PT, o chefe do Executivo admitiu que “há um erro” na comunicação e prometeu “fazer as correções necessárias”. A insatisfação pública de Lula gerou questionamentos sobre a eventual saída de Pimenta da Secom. Um dos principais cotados para o cargo é o publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha petista em 2022.
“Nesses dois anos de governo, já fiz muito mais entrega de políticas públicas à sociedade do que fiz nos oito anos anteriores. Eu sinto que, cada vez que eu viajo, converso, que atendo ministro que nós não estamos entregando de forma adequada para que a sociedade tenha as informações daquilo que nós fizemos”, relatou Lula na sexta-feira (6).
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Pimenta destacou que tem “as mesmas preocupações que o presidente” e que o “trabalho da Secom permanece e vai permanecer". Ele afirmou que despachou com Lula nesta segunda, mas disse que os dois não chegaram a conversar sobre as críticas.
“O presidente não tem nenhuma necessidade de compensação comigo. Ele não insiste em nenhum tipo de melindre, caso ele tome uma decisão de mudar, para ter uma formalidade de eu pedir ou não sei o quê”, enfatizou.
“Eu conheço as opiniões do presidente sobre o tema da comunicação. E acho que ele tem toda a razão em ter as preocupações que ele tem”, acrescentou. Questionado se teria ficado muito exposto diante das críticas, o ministro disse que Lula “é uma pessoa muito autêntica, muito sincera em falar aquilo que ele pensa”.
“Então não tenho nenhuma crítica. A minha relação com ele é só de gratidão, de lealdade e de parceria”, frisou Pimenta. Para o ministro, a comunicação do governo não falhou, mas precisa ser melhorada.
“Mas eu acho que a comunicação do governo é uma comunicação que funciona bem, com teoria institucional, movimentando os limites que ela tem. Mas essa é uma questão que o presidente tem que avaliar. No argumento de fazer ajustes, eu estou absolutamente tranquilo e tocando meu trabalho aqui de forma normal, cotidiana”, disse.