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Os partidos PP, Republicanos e PL anunciaram neste sábado (28) o apoio à candidatura do Rogério Marinho (PL-RN) para presidência do Senado. A oficialização do apoio ocorreu na sede do PL, em Brasília.
O bloco de apoio formado pelos partidos somam 21 senadores a partir do início desta legislatura, em 1º de fevereiro. Marinho vai concorrer com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente da Casa e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Durante o evento, o presidente do PP, Ciro Nogueira, afirmou que o bloco não visa ser contra ninguém, mas a favor do Brasil, e que o apoio dos partidos fortalece Marinho. "Dá sustentação para a sua chegada [à presidência do Senado], com estatura para tentar dar harmonia entre poderes", declarou.
Para o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, a eleição à presidência do Senado não é um "terceiro turno" das eleições presidenciais e que o bloco "é uma reunião a favor do Brasil". "Esta união que se consolida hoje do PL, do PP e do Republicanos não é um terceiro turno, como alguns têm dito, porque a eleição para presidente e para governadores acabou."
Além de Marinho e do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, estiveram presentes a senadora eleita e líder do PP, Tereza Cristina, a ex-ministra Damares Alves, senadora eleita pelo DF, entre outros parlamentares como senadores do PL pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho.
“Desequilíbrio democrático”
Ao oficializar a sua candidatura para o Senado, ao lado de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marinho criticou os 'excessos" que estão sendo cometidos pelo atual governo na área econômica e pelo judiciário brasileiro contra às liberdades individuais.
Segundo Marinho, o governo de Lula ao impor sua agenda econômica "quer destruir o que foi feito de forma virtuosa a favor do Brasil, como a reforma trabalhista, a reforma previdenciária, autonomia do Banco Central".
O candidato também criticou o que ele chamou de "desequilíbrio democrático", em referência as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Marinho, "ninguém pode estar acima de lei" e deve haver respeito às liberdades individuais. Ele também afirmou que não está propondo “enfrentamento”, apenas um diálogo institucional. "Não podemos aceitar censura prévia, por se tratar de um valor que foi conquistado duramente na redemocratização deste país e é expressamente vedado pela Constituição", disse.
"É no parlamento onde os consentimentos comuns podem e devem ser alterados e não em outro lugar. (...) Estamos nesta causa de restabelecimento das garantias individuais da sociedade brasileira. O Senado nem pode e nem deve se omitir", declarou Marinho.