A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, no final da noite de quinta (5), dois corpos de traficantes que são suspeitos de serem os autores dos tiros que vitimaram três médicos em um quiosque da Barra da Tijuca.
Eles estavam em dois carros localizados na Zona Oeste da capital fluminense junto de outros dois corpos também de traficantes, três em um veículo e um em outro, próximos do RioCentro e na região da Gardênia Azul.
Os suspeitos de executarem os três médicos são Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, segundo apuração do G1. Os outros dois ainda não foram identificados.
A principal linha de investigação é que os três médicos foram mortos por engano, em uma disputa entre traficantes e milicianos que atuam na região. O alvo seria um miliciano que foi confundido com o médio Perseu Ribeiro de Almeida, que teria as mesmas características físicas.
O criminoso confundido com o médico é apontado pelo Ministério Público do Rio, junto do pai, como integrantes de uma milícia que atua em Rio das Pedras, em na Zona Oeste da cidade. Em dezembro de 2020, o suposto alvo original do assassinato teve a prisão preventiva decretada pelo crime de organização criminosa.
Ele teve a progressão de pena em 25 de setembro deste ano e mora na Avenida Lúcio Costa, na mesma avenida onde os médicos foram assassinados. Seu apartamento fica a 750 metros do quiosque onde aconteceu o crime.
Além de Perseu, a ação dos traficantes vitimou Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Marcos de Andrade Corsato e Daniel Sonnewend Proença, que estava no grupo e sobreviveu ao ataque. Ele está internado em um hospital do Rio com quadro considerado estável.
Em entrevista coletiva de imprensa na Bahia, nesta quinta (5), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a Polícia Federal está atuando no caso – o que poderia apontar para uma possível motivação política da chacina. Apesar de não dar maiores detalhes, o Dino afirmou que até três linhas de investigação são estudadas pela polícia.
“Nesse momento, evidentemente, há visão clara que se trata de uma execução e não de um crime patrimonial – pela própria dinâmica dos fatos isso fica bem evidenciado", disse Dino. A dinâmica da ação dos bandidos, que descarregaram suas pistolas de calibre 9 mm contra as vítimas e não roubaram nada, fortalece essa tese.
"Há duas ou três linhas de investigação que sendo percorridas. O fato de haver proximidade com dois deputados federais faz com que nós tenhamos essa presença da Polícia Federal. Inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira, também pediu essa parceria entre a Polícia Legislativa e a Polícia Federal”, disse o ministro. Ele se referiu à deputada Sâmia Bomfim, irmã do médico Diego Ralf e ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que é marido de Sâmia.
Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), também se pronunciou sobre o caso, dizendo que o crime “não ficará impune” e que determinou o empenho da Polícia Civil da cidade para solucionar as circunstâncias dos ataques.
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