A Polícia Federal teria identificado a atuação do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente, como uma das principais lideranças de um grupo que atua na disseminação deliberada de notícias falsas para atacar adversários políticos, instituições e, inclusive, membros do Supremo Tribunal Federal (STF) .
A identificação faz parte de um dos inquéritos sigilosos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar o envolvimento de parlamentares da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo site do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, esse seria o motivo da pressa de Bolsonaro na substituição de Maurício Valeixo como diretor-geral da Polícia Federal, depois de Valeixo ter ignorado pedidos do presidente por informações sobre o inquérito.
Para o lugar do ex-diretor, Bolsonaro indicou Alexandre Ramagem (que ocupava a direção geral da Agência Brasileira de Inteligência), amigo pessoal da família . A troca de comando na PF levou ao pedido de demissão do ministro da Justiça, Sergio Moro.
Inquérito chega a Carlos Bolsonaro
O inquérito, aberto pelo STF e sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, investiga a participação de políticos na divulgação de notícias falsas, que teriam produção e disseminação articuladas pelo chamado “gabinete do ódio”. Além de deputados do PSL, a Polícia Federal teria comprovado a participação de Carlos Bolsonaro - o "filho 02 do presidente" - no esquema.
Além do inquérito sobre fakenews, o STF também determinou que a Polícia Federal investigue a participação de parlamentares bolsonaristas na convocação e no financiamento dos atos do último domingo (19) que tiveram como pauta, além da defesa do presidente e de críticas às medidas de isolamento social adotadas por governadores por conta da pandemia de coronavírus, manifestações antidemocráticas de defesa da volta da ditadura e de um novo AI-5.
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