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Uma suspeita de fraude de R$ 486 milhões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi detectada pela Polícia Federal (PF). A investigação aponta que desvios no pagamento de cerca de 13 mil benefícios teriam sido feitos a partir do acesso de 29 senhas de servidores do INSS.
A principal é de que as senhas tenham sido hackeadas. Com acesso ao sistema, os criminosos conseguiram reativar benefícios e alterar dados bancários. Além do próprio INSS, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também colabora na investigação. O esquema foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo neste domingo (18).
Um dos indícios dos desvios é que muitas contas bancárias para onde iam os benefícios não eram dos beneficiados do INSS. Outro indicativo é de que grande parte das reativações de benefícios estavam perto de fazer cinco anos com valores que não passavam de R$ 100 mil. De acordo com a PF, tal método seria para não chamar atenção de órgãos de controle fiscal.
Como principal medida para barrar a ação dos criminosos, a PF solicitou às instituições financeiras que bloqueassem o pagamento dos benefícios suspeitos.
A investigação começou em junho, quando os pagamentos suspeitos começaram a ser bloqueados. Entre os benefícios em que a polícia detectou irregularidade está o auxílio-reclusão, pago para famílias de detentos dos sistema prisional. A Polícia Federal agora trabalha para identificar os autores das suspostas fraudes.