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Mobilização da PF, nesta quinta-feira (16), em frente ao prédio do Ministério da Justiça, em Brasília
Mobilização da PF, nesta quinta-feira (16), em frente ao prédio do Ministério da Justiça, em Brasília| Foto: José Cruz/Agência Brasil.

Policiais federais realizaram nesta quinta-feira (16), em todo o país, o segundo ato para pressionar o governo Lula a realizar a reestruturação das carreiras da categoria e conceder reajuste salarial. A mobilização ocorre no Dia do Policial Federal. No dia 26 de outubro, a corporação já havia feito manifestações no chamado “Dia D”.

Em Brasília, nesta quinta, centenas de manifestantes se concentraram na sede da Polícia Federal, no início da Asa Norte, bairro da região central da capital federal, e seguiram de ônibus até o Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios. Nas falas, os policiais e servidores administrativos da corporação reclamaram do posicionamento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em relação à proposta de valorização dessas carreiras, informou a Agência Brasil.

O grupo vestia coletes e segurava faixas com as frases em que dizem que há falta de compromisso do governo federal com a categoria. “O descaso com a PF continua, valorização da PF já.” E também: “Segurança Pública desvalorizada, sociedade desprotegida”. De acordo com Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a categoria se posicionou de forma favorável à proposta de reestruturação das carreiras negociada pela Direção-Geral da Polícia Federal com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A entidade afirma que este texto teria sido enviado ao MGI, mas as negociações estariam paradas há meses na pasta. “Essa não é uma reivindicação classista, essa é uma proposta da Polícia Federal, do Ministério da Justiça. Mas, o que estamos vendo, é um descaso do Ministério da Gestão e da Inovação com a direção da PF e com o ministro da Justiça, porque a proposta já está com eles há meses e todas as reuniões são proteladas”, declarou o presidente da ADPF, Luciano Leiro.

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Firme dos Reis, espera que os atos do segundo dia de mobilizações destravem as negociações. “Esperamos com isso chamar a atenção para uma situação que se arrasta sem uma razão convincente, visto que a proposta foi chancelada pelo próprio governo federal. Entretanto, mesmo diante desse fato histórico, o MGI ainda não apresentou os meios necessários à sua execução", disse Reis.

Com as paralisações e assembleias em todo o país, várias atividades da PF foram afetadas, como emissão de passaporte, de certidão de antecedentes criminais e da guia de transporte de armas de fogo e munições, entre outras. A previsão é que os serviços públicos sejam retomados nesta sexta-feira (17).

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