Nesta terça-feira (16), a Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FENAPPF) fará a quinta reunião com a equipe do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) em busca da valorização da categoria. De acordo com os agentes penais, até o momento esses encontros não resultaram em nenhuma proposta "condizente" e a insatisfação da categoria com o governo Lula só cresce.
“O MGI suprimiu do texto (das negociações) a exigência de nível superior (para ingresso na carreira), colocando nível intermediário, o que não condiz com a complexidade da execução penal federal. Isso representa uma desvalorização e, mais grave ainda, um atraso na evolução para o combate às organizações criminosas, que vêm se desenvolvendo em diversas áreas, como logística, tecnologia e gestão. Em contrapartida, o Governo federal suprime do texto da regulamentação da PPF algo tão importante quanto o nível de escolaridade de graduação de seus servidores, ficando claro que essa carreira, dessa forma, nunca conseguirá acompanhar o desenvolvimento do crime organizado”, diz o trecho de uma nota enviada pela Federação à Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (15).
Para a categoria, o que está ocorrendo é um tratamento diferenciado em relação às suas coirmãs Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, “as quais foram valorizadas em poucos encontros com a equipe do MGI”.
“Fica a pergunta: Por que o tratamento inferior para com essa polícia da União? Torna-se evidente um ponto crucial atualmente em questão, a crise de segurança pública no país do Equador, em que um líder de uma organização criminosa fugiu do sistema prisional, gerando uma das maiores crises daquele país. O que precisa acontecer aqui no Brasil para que isso ocorra? A resposta é simples: destruir a carreira da Polícia Penal Federal, enfraquecendo-a, e isso só beneficia as organizações criminosas”, diz a categoria em outro trecho da nota.
Também nesta terça-feira (16), os agentes farão um movimento pela regulamentação e tratamento igualitário entre as polícias da união.
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