A morte do médico ortopedista Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), na madrugada desta quinta (5) no Rio de Janeiro, foi lamentada por políticos governistas e da oposição. O crime vitimou também os médicos Perseu Ribeiro de Almeida e Marcos Corsato, de 63 anos, que participavam de um congresso internacional na cidade e estavam em um quiosque na praia quando foram executados.
Parlamentares e ministros lamentaram a morte do médico, que também é cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Ele e Sâmia não se pronunciaram sobre o crime até o fechamento desta reportagem.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, prestou condolências à deputada e disse esperar que o “crime seja logo elucidado pelas forças policiais”.
O correligionário e conterrâneo da deputada, Pastor Henrique Vieira, prestou solidariedade à família e amigos da parlamentar, repercutindo uma postagem do ministro Flávio Dino, da Justiça.
“Determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares”, disse Dino.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), da base governista, se disse “consternado” pelas execuções, e salientou o acompanhamento do Ministério da Justiça “para que os responsáveis sejam identificados e punidos”.
“Apoio e solidariedade aos companheiros Sâmia e Glauber. O assassinato [...] será investigado como já determinou o ministro da Justiça. Grande tristeza”, afirmou Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que também é carioca, prestou solidariedade às famílias dos médicos “covardemente assassinados” na cidade, e pediu que o crime “seja rapidamente esclarecido e os criminosos encontrados e responsabilizados”.
“Total solidariedade à deputada Sâmia Bomfim pelo crime brutal de execução que tirou a vida de seu irmão Diego e mais dois companheiros nesta madrugada, todos médicos que participavam de um Congresso no Rio. Meus sentimentos a todos os familiares. Temos que ir fundo e rápido nesta investigação”, disse Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada carioca, pelas redes sociais.
Já o senador Sergio Moro (Podemos-PR), classificou a morte dos médigos como um “crime brutal e inaceitável”, enquanto que o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) chamou o crime de um “ataque”.
“Não há espaço para diferenças nesses momentos”, pontuou.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também deixou a diferença de lado e afirmou que este “não é momento de debate, mas de acolhimento. Só quem perde um ente querido sabe o que é essa dor”.
Kim Kataguiri (União Brasil-SP), deputado federal por São Paulo, também prestou sentimentos às famílias das vítimas e classificou os assassinatos como um “crime lamentável”.
O senador Marcos Rogério (PL-RO), diz que recebeu “com profundo pesar” a notícia da morte do irmão de Sâmia, “vítimas de um ato criminoso”.
Ministros se solidarizam com morte de médico
Entre os ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad, da Fazenda, prestou apoio e condolências a Sâmia e Glauber e pediu “apoio para que os responsáveis sejam identificados”.
A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, afirma que recebeu “com tristeza” a notícia da morte dos três médicos.
“O crime brutal deve ser rigorosamente investigado e os responsáveis, identificados e punidos. Perseu, Diego e Marcos eram profissionais reconhecidos do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas USP”, disse Nísia Trindade, da Saúde.
Marina Silva, do Meio Ambiente, classificou as mortes como “atos terríveis de violência que destruíram a vida de seus entes queridos. A barbárie da violência redobra a dor da perda”.
Mesa Diretora da Câmara também se manifesta
Em nota, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados afirmou que “repudia toda e qualquer violência como a praticada na madrugada de hoje contra quatro pessoas, uma das quais irmão da deputada federal Sâmia Bomfim” e se solidariza com os familiares e amigos da vítimas.
Veja a nota:
“Tão logo soube do episódio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, procurou o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para obter informações e pedir a apuração dos fatos. Solicitou, ainda, que a Câmara dos Deputados seja informada do andamento das investigações.
O presidente Arthur Lira tentou o contato e mandou condolências à parlamentar paulista, Sâmia Bomfim, se solidarizando e colocando os serviços da instituição à disposição, inclusive para a sua segurança pessoal”.
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