O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (7) que a PEC 42/23, que proíbe militares na ativa de se candidatarem em eleições, é “ineficiente, ilógica e discriminatória”. A declaração foi feita durante a segunda sessão de debate da proposta no plenário do Senado.
Segundo o parlamentar, a PEC é “ineficiente, porque “o número de militares da ativa que se candidatam e que vencem eleições é ínfimo comparado com o efetivo da tropa de qualquer uma das Forças Armadas, ou seja, não existe nenhuma razão prática para que essa PEC exista”.
Pontes também explicou que é “incostitucional” por tirar “direitos adquiridos de cidadãos que estão na função de militar para defender o nosso país inclusive com o sacrifício da própria vida, se isso for necessário”. E ainda citou que é “discriminatória” “pega uma parte da sociedade e tira direitos dessa parte da sociedade”.
“Alguém poderia até dizer que isso é feito porque os militares têm acesso armas, têm acesso a equipamentos que podem, de certa forma, colocar em risco, então, algum tipo de ideia ou poderia ter um ganho de poder excessivo se a política invadisse ou transcendesse as fronteiras do quartel”, declarou.
O debate sobre a proposta iniciou nesta terça-feira (6) com alguns posicionamentos contrários ao projeto. O aprofundamento da discussão também foi defendido por parlamentares. Para o senador Jayme Campos (União-MT), a PEC constitui “preconceito” contra os militares.
A proposta articulada pelo governo Lula é vista como uma forma de afastar os militares da ativa da política após o governo de Jair Bolsonaro (PL) aproximar as Forças Armadas do Planalto. Para ser aprovada, a PEC precisará de apoio de três quintos dos parlamentares em dois turnos de votação no Senado e na Câmara. Ou seja, 49 dos 81 senadores e 308 dos 513 deputados.
De acordo com o texto, aprovado em novembro do ano passado pela CCJ, o militar federal que se candidatar a um cargo eletivo, no registro da candidatura será automaticamente transferido para a reserva não remunerada. Com mais de 35 anos de serviço, o militar vai para a reserva remunerada.
As novas regras não valerão para as eleições municipais de 2024. Conforme a legislação, entrarão em vigor somente 1 ano após o início da vigência da emenda constitucional.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião