O prédio que desabou na madrugada desta quinta-feira (3) na zona oeste do Rio era irregular. Ao sair da área de isolamento do Corpo de Bombeiros, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), reconheceu a situação complexa da região, que há décadas vem passando por construções desse tipo. O foco agora, segundo ele, é fiscalizar os prédios já existentes e evitar que novos sejam erguidos. "Comigo, milícia não vai mais construir porcaria nenhuma nessa cidade", afirmou.
O prefeito disse que vai tentar combater a construção de novos edifícios irregulares na cidade e que a Prefeitura já tem atuado em demolições, mas que esse tipo de moradia "é uma realidade da cidade". "Ninguém vai construir mais nada nessa cidade de maneira irregular. Só essa semana foram três operações", afirmou Paes.
Uma criança com cerca de dois anos e um homem, pai da criança, morreram no desabamento do prédio residencial de quatro andares em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. O desabamento deixou outras quatro pessoas feridas.
Prédios vizinhos também foram afetados pelo desabamento. "Provavelmente vão ser condenados, vamos ter laudo mais técnico da Defesa Civil Municipal", disse o prefeito do Rio. No entorno da construção que desabou, moradores comentaram que a comunidade é repleta de prédios em situação parecida.
Três dos feridos no desabamento foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Uma mulher, de 38 anos, e um homem, de 29 anos, já tiveram alta médica. Uma mulher de 28 anos, permanece sob cuidados médicos na unidade, com quadro de saúde estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A última mulher resgatada, Kiara Abreu, de 27 anos, foi levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, e ainda passa por avaliação e exames.
A delegacia da Taquara instaurou um inquérito para apurar o caso. Os agentes farão a perícia nos escombros para identificar a causa do desabamento assim que os bombeiros encerrarem o trabalho de resgate.
A região de Rio das Pedras é conhecida como um dos lugares com maior atuação das milícias cariocas. Os prédios da área costumam ser construídos de maneira irregular, como foi o caso do edifício que desabou e deixou 24 mortos na comunidade da Muzema em 2019.
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