O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, usou o Twitter neste sábado (4) para tripudiar do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que após pressão desistiu de viajar para a cidade, onde receberia o prêmio de "Pessoa do Ano", concedido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.
Compartilhando uma matéria do jornal The New York Times, o político democrata escreveu: "Jair Bolsonaro acabou de aprender da maneira mais difícil que nova-iorquinos não fazem vista grossa para a opressão. Nós apontamos a sua intolerância. E ele correu. Não estou surpreso - valentões geralmente não conseguem aguentar a porrada. Jair Bolsonaro, sucesso! Seu ódio não é bem-vindo aqui".
Bolsonaro foi escolhido para receber a homenagem em fevereiro deste ano. A honraria é conferida há 49 anos a uma personalidade brasileira e outra americana. Neste ano, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, é o outro homenageado.
Por meio de nota oficial, o presidente brasileiro anunciou na sexta-feira (3) que não iria mais a Nova York para receber o prêmio.
"O Presidente da República agradece a homenagem proposta pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, ao escolhê-lo 'Personalidade do Ano de 2019'. Entretanto, em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade. Em função disso, e consultados vários setores do governo, o Presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami."
A escolha de Bolsonaro vinha causando polêmica nos Estados Unidos. Ativistas da causa LGBT e do meio ambiente estavam pressionando empresas a desistir de patrocinar o evento da Câmara de Comércio.
Nos últimos dias, três empresas anunciaram a retirada de apoio: o jornal Financial Times, a companhia aérea Delta Air Lines e a consultoria Bain & Company.
O Museu de História Natural de Nova York, palco tradicional do jantar de gala, já havia se recusado a sediar o evento. Em nota, o museu disse que a reserva do espaço foi feita antes de ser informado que o presidente brasileiro era um dos homenageados e que o perfil de Bolsonaro não refletia as posições da instituição.
O próprio prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, pediu ao museu que não recebesse Bolsonaro e criticou o que considera posições homofóbicas e racistas do presidente brasileiro, além de seu discurso sobre a Amazônia.
O Cipriani Hall, em Wall Street, também se recusou a receber o evento. Por fim, o Hotel Marriott, em Manhattan, aceitou realizar o jantar de gala que está com ingressos esgotados.
Mais críticas
Em um segundo post no Twitter, Bill de Blasio seguiu nas críticas a Jair Bolsonaro. "Os ataques de Bolsonaro aos direitos LGBTQ e seus planos destrutivos para o nosso planeta são refletidos em muitos líderes - incluindo muitos aqui no nosso país. TODOS devem se levantar, denunciar e lutar contra esse ódio imprudente."
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