As capturas de telas de WhatsApp das conversas de Sergio Moro com o presidente Jair Bolsonaro e com a deputada federal Carla Zambelli (PSL), divulgados pelo Jornal Nacional na noite de sexta-feira (24), viraram assunto na internet, com direito a chuva de memes, mas repercutiram pouco entre políticos e fontes oficiais que, embora estivessem comentando o caos político instalado a partir do rompimento Moro-Bolsonaro, optaram por não comentar sobre a publicação das trocas de mensagens.
Uma das poucas a se posicionar foi a própria Carla Zambelli, em vídeo no Facebook. Ela lamentou a divulgação da conversa, o que chamou de “extremamente maligno”, disse que estava magoada, que não esperava esse tipo de atitude vinda do ministro, o que considerou uma “trairagem”. A deputada federal ainda fez questão de explicar o contexto da conversa e, principalmente, o momento em que Moro responde que não está à venda. Segundo ela, a divulgação parcial da troca de mensagens fez parecer que ela estava tentando compra-lo – o que nega.
Em nota, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados o deputado Carlos Sampaio afirmou: “Em seu pronunciamento, o presidente Jair Bolsonaro mais atacou Sérgio Moro do que prestou esclarecimentos sobre os fatos graves a ele imputados pelo ex-ministro da Justiça. A gravidade se eleva com a apresentação por Moro ao Jornal Nacional de mensagens em que o presidente cobra mudanças na Polícia Federal. Por essa razão e para que se tenha clareza sobre a ocorrência ou não de crimes de responsabilidade ou crimes comuns por parte do presidente da República, o PSDB já encaminhou ao protocolo do Congresso Nacional um requerimento para instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito Mista). Esse é o caminho mais adequado para que respostas rápidas e convincentes sejam dadas ao país, num momento de grave turbulência econômica e social.”
O deputado federal Alexandre Frota, que questionou a desafeta Carla Zambelli, divulgou prints mostrando mensagens idênticas de defesa ao presidente, como alegação de que robôs estão agindo para condicionar a internet, e retuitou uma mensagem do Movimento Brasil Livre (MBL), que mostra divulgação de conversas do ex-ministro Santa Cruz. Para Frota, o grupo de Bolsonaro está recebendo na mesma moeda.
O deputado estadual por São Paulo, Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, comentou os prints divulgados por Moro, principalmente destacando a mensagem em que Jair Bolsonaro destaca que a abertura de investigação contra parlamentares aliados seria mais um motivo para trocar comandos da Polícia Federal.
Para o deputado federal Paulo Eduardo Martins, a questão está focada na desconfiança geral causada pela possibilidade de alguém divulgar uma conversa privada a qualquer momento.
O senador Alvaro Dias, ferrenho defensor de Moro, também usou o twitter para destacar que a divulgação dos prints prova os argumentos apresentados pelo ex-ministro.
Sobre os prints mostrados por Moro, passadas mais de 12 horas da divulgação, nem Bolsonaro nem os filhos dele divulgaram qualquer comentário nas redes sociais.
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