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Eleição na Venezuela

Prisão de opositora de Maduro preocupa governo brasileiro, diz Amorim: “apostamos no diálogo”

Celso Amorim
Celso Amorim afirma que o Brasil apostou no diálogo com o governo venezuelano, e que prisão de opositora preocupa. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, manifestou preocupação com a situação na Venezuela após a prisão de uma opositora de Nicolás Maduro na semana passada. O chanceler diz que “qualquer prisão de natureza política preocupa”, destacando que o governo brasileiro apostou no diálogo para a próxima eleição do país.

“Não conheço todas as circunstâncias, mas o recrudescimento da repressão, se confirmado, é um fato que nos preocupa porque apostamos no diálogo”, disse em entrevista ao jornal O Globo pouco antes de embarcar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Egito, na terça (13).

A advogada e opositora de Maduro, Rocío San Miguel, foi presa sob acusações de "terrorismo", "traição à pátria" e "conspiração". A oposição denuncia um aumento da repressão por parte do governo, especialmente em ano eleitoral.

A constituição venezuelana prevê novas eleições em 2024, mas ainda não há uma data definida. Amorim alertou que o eventual recrudescimento da repressão pode afetar o processo eleitoral.

Apesar da posição de preocupação do assessor de Lula, o Ministério das Relações Exteriores ainda não se pronunciou sobre a prisão de Rocío San Miguel e a condução do processo eleitoral na Venezuela.

Além da advogada, o governo de Maduro também barrou outra candidatura de oposição, a de María Corina Machado com a alegação de que ela utilizou recursos recebidos do exterior para “conspirar contra o Estado”.

Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução afirmando que não reconhecerá o resultado da eleição se o governo continuar não permitindo a participação de María Corina. O governo dos Estados Unidos ameaçou voltar a impor sanções ao país.

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