Apesar da suposta conversa entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol ter sido divulgada pelo site The Intercept Brasil, a veracidade de conteúdos vazados de procuradores e juízes hackeados e que tiveram o celular invadido ainda é incógnita.
Segundo o Ministério Público do Paraná, existe inclusive a chance da fabricação de diálogos. Contudo, já foram confirmadas invasões e tentativas de invasão a aparelhos celulares e smartphones. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Federal.
A Gazeta do Povo fez uma lista de servidores e está atenta a novos casos. Este material será atualizado tão logo surjam novas informações.
Procuradores e juízes hackeados
Até o momento, foram pelo menos 16 procuradores e juízes hackeados: Sergio Moro, Deltan Dalagnol, Gabriela Hardt, entre outros. Cada celular invadido pode conter informações sensíveis, inclusive que ameaçam a segurança pública. Veja a lista de autoridades que foram alvo e vítimas de ações hacker.
Deltan Dallagnol, procurador-chefe da força-tarefa Operação Lava Jato em Curitiba. O Intercept Brasil publicou mensagens atribuídas ao procurador em diálogos com Sergio Moro e outros procuradores.
Sergio Moro, ministro da Justiça e ex-juiz federal: comunicou que seu celular foi invadido dia 5 de maio. Contudo, uma invasão pode ter ocorrido meses antes. O hacker ficou por cerca de seis horas usando aplicativos de mensagens de Moro, como o Telegram. Ele e Dallagnol são dois dos principais alvos entre os procuradores e juízes hackeados.
Gabriela Hardt, juíza federal substituta, responsável pela decisão de primeira instância que condenou o ex-presidente Lula no caso do Sítio de Atibaia. A juíza afirma que não havia informações pessoais sensíveis expostas, e o fato foi comunicado à Polícia Federa, segundo a assessoria da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Rodrigo Janot, ex-procurador geral da República, foi vítima de tentativas de invasão por mais de uma vez. Em entrevista ao jornal O Globo, Janot contou que houve tentativa ainda em abril. Segundo o jornalista Guilherme Amado, da revista Época, naquele mesmo mês o telefone de Janot foi clonado. Amado destaca ainda que o hacker tentou acessar dados pessoais e o Twitter de Janot em conversa com amigos e colegas.
Abel Gomes, desembargador federal e relator da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, foi alvo de tentativa de ataque hacker em 5 de junho, um dia após a invasão ao celular de Sergio Moro. A informação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
Flávio de Oliveira Lucas, juiz federal da 18ª Vara Civil do Rio de Janeiro e que atuou como substituto de Abel Gomes, também foi alvo de tentativa de invasão, de acordo com o TRF-2. Ambos os casos estão sendo investigados pela Polícia Federal para verificar se houve roubo ou acesso a dados e mensagens.
Eduardo El Hage, procurador-chefe da Lava Jato no Rio de Janeiro, também foi vítima de tentativa de invasão à conta do Telegram, segundo Guilherme Machado. O ataque, contudo, não teria dado certo, diz o jornalista.
Thaméa Danelon, procuradora-chefe da Lava Jato em São Paulo até janeiro de 2019, falou à Rádio Joven Pan que também foi alvo de ataque cibernético.
Marcelo Weitzel, procurador militar, teve o celular invadido na noite de terça-feira, 11 de julho. O hacker manteve conversas em um com outros procuradores e trocar mensagens em um grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Ousado, o hacker chegou a escrever: “Eu acesso quem eu quiser, a hora que eu quiser”.
Segundo apurou o jornal O Globo, também foram alvos de ataque hacker os procuradores: Januário Paludo, Paulo Galvão, Ronaldo Pinheiro de Queiroz, Danilo Dias, Andrey Borges de Mendonça, além do jornalista Gabriel Mascarenhas e outros dois procuradores auxiliares de Janot que não quiseram se identificar.
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