A vacina contra a Covid-19 começou a ser aplicada em janeiro aqui no Brasil, mas até agora não engrenou e segue tendo vários problemas de continuidade no país inteiro.
A principal razão para toda essa demora é a falta de matéria-prima para a produção da vacina, já que ela é importada.
Mas até quando o Brasil vai ser dependente dessa importação de insumos para produzir suas vacinas? Entenda em um minuto.
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Quando o país vai começar a produzir o IFA para vacina contra a Covid-19
O Brasil possui dois laboratórios capazes de produzir vacinas por aqui: a Fiocruz e o Instituto Butantan.
O problema é que só isso não basta. Para fazer o imunizante, é preciso importar o IFA, Ingrediente Farmacêutico Ativo.
Esse produto hoje é comprado da China e é a demora na sua liberação que tem causado todo o atraso no cronograma de vacinação brasileiro.
Então por que a gente não faz o nosso próprio IFA? Tanto o Butantan quanto a Fiocruz são capazes de produzir o insumo e já se movimentam nesse sentido, mas esse é um processo um tanto quanto demorado.
Só o controle de qualidade leva em média 45 dias e depois disso, mais um mês para a formulação e liberação do IFA para a fabricação de vacinas.
Portanto, a expectativa é que a produção nacional comece só em outubro deste ano.
A Fiocruz está mais agilizada. A Fundação já recebeu a visita técnica da Anvisa para inspecionar as condições operacionais de produção do IFA.
Com isso, os lotes de pré-validade e de validação começam a ser produzidos até julho. É somente depois disso que a Fiocruz vai poder fazer o lote comercial.
Já no caso do Butantan, o Instituto conta com uma nova fábrica, que deve ficar pronta só no fim de setembro. Com isso, as primeiras doses 100% nacionais vão ser produzidas lá por dezembro.
A escala industrial de produção, então, fica pra janeiro de 2022. A expectativa é que, com essa nova fábrica, o Butantan possa produzir 100 milhões de vacinas por ano.