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Atos de 8/1

Projeto da anistia deve ser votado apenas em 2025, diz líder do União Brasil

Elmar Nascimento
Elmar Nascimento afirma que Congresso não terá tempo de votar PL da Anistia neste ano, e foco é o Orçamento de 2025. (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) vê que o Congresso deve votar apenas no ano que vem o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. E isso ocorre não por causa dos atentados com explosivos na semana passada na Praça dos Três Poderes e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.

De acordo com ele, embora integrantes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF) vejam que a proposta não deve prosperar, a votação ficará para 2025 por causa de outras demandas que o Congresso tem para este ano.

“Acho difícil analisar, faltando menos de um mês para o recesso. A prioridade deste final de ano será o orçamento”, disse em entrevista ao Correio Braziliense publicada nesta segunda (18).

Conforme adiantou na semana passada o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), os parlamentares têm uma fila de duas dezenas de projetos para votarem antes do recesso, que começa entre os dias 19 e 20 de dezembro. Dois deles, o do mercado de carbono e o das emendas parlamentares, já passaram pelo Senado – mas, voltaram à Câmara após sofrerem modificações.

“Não tem nada a ver com as explosões, mas, simplesmente, não temos mais tempo de votar esse assunto”, completou Elmar Nascimento.

Apesar da promessa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de formar uma comissão especial para avaliar o projeto, os líderes partidários ainda não indicaram os membros do colegiado.

Segundo a apuração, líderes de outros partidos preferem aguardar os desdobramentos das investigações sobre o atentado, incluindo o envolvimento de Francisco Wanderley Luiz, acusado de explodir bombas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF).

O PL, no entanto, continua pressionando pela rápida análise da anistia, sob o argumento de que a investigação pode levar mais de um ano. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a suposta tentativa de “manipulação” em torno do atentado e classificou como “inaceitável” o uso do caso para impedir o avanço da anistia.

Já a deputada Bia Kicis (PL-DF) condicionou o apoio a um candidato à presidência da Câmara ao compromisso com a anistia. “Vão tentar usar esse suicídio, um ato isolado, para tentar barrar a anistia, mas não vamos permitir”, afirmou também ao Correio Braziliense.

Desde a semana passada, a Polícia Federal conduz as investigações sobre as explosões na Praça dos Três Poderes e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Para integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há indícios de motivação política para os atentados.

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