Ideia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, projeto de Capitalização da Previdência em separado não teria sido bem recebida por Paulo Guedes.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta segunda-feira (17) que propôs, na semana passada que o governo enviasse um projeto de capitalização da Previdência, já que o tema foi retirado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da previdência no relatório final.

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A sugestão de um projeto de lei à parte teria sido feita por Maia diretamente ao ministro da Economia, Paulo Guedes. "Foi a proposta que eu fiz ao ministro Paulo Guedes na semana passada. Mas acho que ele não gostou", disse Rodrigo Mais, após participar do Ethanol Summit, em São Paulo.

A retirada da capitalização do texto colocou uma pedra sobre um sonho antigo do ministro, e m possível projeto foi citado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, como alternativa caso o governo não consiga reintroduzir a capitalização nas discussões finais.

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Projeto de capitalização da Previdência e outros temas

Indagado sobre a possibilidade de adicionar ao Plenário um projeto de capitalização da Previdência, Maia emendou: "O ministro da economia é o Paulo Guedes". Para o presidente da Câmara, ainda há brechas para a reintrodução da capitalização na PEC da Previdência. "É só pegar o destaque do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), ou puxar de volta o texto do governo e ver se tem voto. É democrático e o PSL pode fazer isso."

Maia evitou polêmicas ao ser questionado sobre o pedido do presidente Jair Bolsonaro para que a população pressione senadores a rejeitarem projetos que anulem o decreto dele para flexibilizar o porte de armas no País. "Não devemos gerar mais polêmica, o presidente tem a posição dele, sempre defendeu isso e cabe ao Parlamento ou modificar a lei, ou derrubar o decreto", disse.

O presidente da Câmara, que mais cedo considerou uma "covardia sem precedentes" a saída do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, reforçou as críticas à forma da saída do executivo. "Demitir é uma prerrogativa do presidente da República e do ministro da Fazenda, só acho que o formato não foi o mais adequado."