A Argentina enfrenta, além da crise do coronavírus, um novo problema: manifestações populares. Seja a pé, ou de carros, a população tem saído de casa em busca de mais atenção para o combate à pandemia, à crise econômica que o país passa e menos para as questões jurídicas que a vice-presidente, Cristina Kirchner, enfrenta, acusada de corrupção.
Entenda o que pede o povo nos protestos argentinos:
A relação entre os protestos na Argentina e as acusações contra Cristina Kirchner
O avanço do kirchnerismo sobre a Justiça já foi pauta de outros movimentos esse ano. Em julho, agosto e setembro os argentinos também foram às ruas protestar contra as atitudes do governo no caso. Agora, no feriado do dia 12 de outubro, o povo foi às ruas mais uma vez, mas para reinvindicar sobre os problemas da pandemia e as sua consequências na economia.
O país começa a sentir o peso dos mais de 200 dias de confinamento - a Argentina foi um dos primeiros países a se fechar quando surgiram os primeiros casos em seu território. O país soma um crescimento de casos, especialmente no interior, que pode colocar os argentinos na lista dos cinco países mais atingidos pela pandemia.
O governo é criticado pela população por ter falhado em promover outras formas de combate à pandemia. E o fechamento cedo do país acabou causando um impacto na economia, tendo um aumento da pobreza.
A taxa de pobreza e a taxa de indigência aumentaram com relação a 2019 (de 35,5% para 40,9% e de 8% para 10,5%, respectivamente). O PIB deste ano deve sofrer uma redução de 12% de acordo com cálculos do governo.