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O pronunciamento em rede nacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite deste domingo (28) foi visto pelo PSDB como um discurso eleitoreiro voltado aos candidatos a prefeito apoiados por ele nas eleições municipais deste ano.
O partido afirma que vai à Justiça por Lula usar o espaço para “espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano”.
“Quando um presidente da República convoca rede nacional de rádio e tv, nós esperamos alguma informação relevante”, disse o presidente do PSDB, Marconi Perillo, em nota.
Ele afirmou que Lula “usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas”.
“Por não ser justificável, o PSDB irá à Justiça contra o governo federal por uso indevido da convocação da rede nacional de rádio e tv”, completa Perillo.
Em resposta, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) afirmou que o pronunciamento foi uma “prestação de contas do governo” dos primeiros 18 meses deste terceiro mandato de Lula.
O pronunciamento teve 7 minutos de duração em que Lula afirma ter encontrado um “país em ruínas”, com “famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”.
“Antes mesmo de começarmos a governar, tivemos que buscar recursos para cobrir o rombo bilionário deixado pelo governo anterior”, disparou atacando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula ainda disse que “deixaram o Brasil com a maior taxa de juros do planeta”. Ele, no entanto, não comentou as recentes greves de seu governo, como da Educação, do Ibama e do INSS, o aumento de focos de incêndio na Amazônia e no Pantanal, as críticas ao Banco Central e ao mercado financeiro que fizeram o dólar disparar recentemente, entre outros.
O presidente se limitou a citar os programas sociais em vigor, defendeu a reforma tributária e garantiu que tem responsabilidade fiscal.