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O líder do PT no Senado, Beto Faro (PT-PA), confirmou nesta terça (5) que o partido apoiará a candidatura do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência da casa a partir de 2025. A escolha repete a dobradinha que fez com a oposição – mais especificamente o PL – na Câmara para apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) na sucessão de Arthur Lira (PP-AL).
Com isso, a bancada de nove senadores do PT no Senado se unirá ainda ao próprio União Brasil, PP, PSB e PDT. Alcolumbre é também o favorito do atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a sucessão no cargo.
Há a expectativa, ainda, de que o Republicanos – de Hugo Motta, na Câmara – participe da base de apoio a ele. Se confirmada, a aliança a Alcolumbre pode alcançar 48 senadores, sete a mais do que o mínimo necessário para vencer a disputa.
O apoio do PT a Alcolumbre foi autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo Faro, e um anúncio formal deve ser feito na próxima semana. Ainda não há confirmação de quais cargos na mesa diretora podem ser cedidos ao governo se o senador foi eleito.
Por outro lado, o PSD do próprio Pacheco, MDB, Podemos, PSDB e Novo ainda não definiram quem apoiarão para a presidência do Senado a partir do ano que vem.
Já na Câmara, o PT abriu mão das diferenças do passado e apoiou Hugo Motta, que foi algoz da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no impeachment de 2016. O partido aceitou entrar na aliança que também teve o apoio do oposicionista PL, numa parceria vista com ressalvas pelo deputado Elmar Nascimento (União-BA), que esperava ter a chancela de Lula.
No entanto, o próprio União Brasil decidiu abrir mão dele e também entrou na aliança por Motta. Após negociações de lado a lado, Elmar ganhou de Lira a relatoria do projeto de lei que pretende destravar o pagamento das emendas parlamentares, congelado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de transparência.
A expectativa é de que o projeto seja votado ainda na tarde desta terça (5).