O atual prefeito de Araraquara e forte aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Edinho Silva (PT-SP), pode ser o próximo mandatário do partido a partir da metade do ano que vem e romper a forma mais combativa como Gleisi Hoffmann (PT-PR) dirige a legenda.
Essa é a expectativa de correligionários próximos de Lula, como o deputado estadual paulista Emídio Souza (PT-SP). Forte aliado do presidente, ele disse que o partido está se encaminhando para eleger Edinho, que prega uma atuação partidária mais ao centro e menos dogmática.
“As coisas vão convergindo aos poucos para o Edinho, mas o decisivo disso é o presidente [Lula]. Na hora que ele falar [define a disputa]”, disse Souza ao jornal O Globo em entrevista publicada neste final de semana.
De acordo com ele, o PT precisa ser “mais aberto” e se reposicionar em vários temas. Emídio Souza reconhece que Gleisi teve um papel importante para a legenda, como permanecer junto de Lula durante o ápice da Operação Lava Jato que o levou à prisão e, posteriormente, a campanha pelo terceiro mandato.
Mas, para o deputado, o atual jeito combativo de Gleisi está inclusive criando rusgas no governo. Em meados de novembro, ele emitiu uma nota criticando a carta da direção do PT contra o pacote de ajuste fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), que também já teve embates públicos com a atual mandatária.
Segundo a apuração, a maneira com que Gleisi toca o partido há sete anos também passou a ser questionada pelos correligionários. Já o tom mais conciliador de Edinho Silva seria o caminho para a sigla se manter em pé, principalmente após o baixo desempenho nas eleições municipais deste ano.
“É nítido o progressivo movimento da sociedade para a direita e para a centro-direita. As urnas demonstraram isso em 24. O eleitor brasileiro, majoritariamente, votou para derrotar a esquerda ou a centro-esquerda. Mesmo onde vencemos, a vitória veio de forma muito polarizada, excetuando-se os casos beneficiados pela institucionalização da reeleição”, disse em um texto enviado a correligionários recomendando uma mudança de perfil do partido.
Ele emendou sugerindo uma mudança no perfil do PT para a próxima gestão. Seria um um tom mais ameno para tirar o peso da polarização inflada por Gleisi.
“Mesmo com a vitória de 22 [o ano de 2022], com a retomada do nosso projeto com o governo Lula 3, não conseguimos sair da dinâmica da polarização. Ao contrário, muitas vezes a alimentamos, sendo arrastados para debates que só interessam para a direita fascista organizada no país”, completou.
A possível escolha de Edinho Silva, segundo a apuração, conta ainda com o apoio de petistas como os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Haddad, além de José Dirceu, que busca uma reabilitação política apoiada por Lula.
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