De acordo com uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (23), quase 70% dos brasileiros apoiam a PEC que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foram ouvidas 2 mil pessoas entre os dias 19 e 22 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ao todo, 68% dos entrevistados disseram que ministros do Supremo devem ter mandatos fixos; 66% concordaram com a PEC 8/2021, que foi aprovada no Senado e propõe limites a decisões monocráticas no STF; e 62% disseram não concordar com a descriminalização da maconha para consumo próprio, tema pautado no STF mesmo com decisões contrárias no Congresso.
Um dia depois da votação no Senado, que aprovou a PEC 8/2021, ministros do STF fizeram duras críticas aos senadores.
O ministro Luís Roberto Barroso iniciou a sequência de ataques ao Legislativo afirmando que o tribunal "resistiu aos atos de 8 de janeiro" e que agora “vê com preocupação os avanços legislativos” em sua atuação.
O ministro Gilmar Mendes, foi mais enfático em suas falas e disse que a aprovação da PEC foi uma “ressurreição de um cadáver outrora enterrado” com apenas poucos votos acima do limite definido pela Constituição. A crítica foi em referência a outro projeto de lei semelhante que foi rejeitado pelo Congresso em 2020.
Após a repercussão das críticas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que foi "agredido" por ministros do Supremo de forma gratuita e afirmou que o Senado tem “coragem cívica”.
Também na quinta-feira (23), o senador Jorge Seif (PL-RJ) disse que ministros do STF ligaram para senadores para pressioná-los contra a votação da PEC.
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