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Jair Bolsonaro
Pesquisa aponta que 48,4% dos brasileiros discordam da decisão do TSE que tornou Bolsonaro inelegível por 8 anos.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Um levantamento divulgado nesta terça (13) pelo instituto Paraná Pesquisas apontou que 48,4% dos brasileiros discorda da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Por outro lado, 44,7% concordam com a sentença, enquanto que 6,9% não souberam ou preferiram não opinar.

O instituto ouviu 2.026 pessoas nas cinco regiões brasileiras entre os dias 24 e 28 de janeiro, com uma margem de erro média de 2,2 pontos percentuais. Os Paraná Pesquisas perguntou aos eleitores: “O ex-Presidente Jair Bolsonaro se tornou inelegível, ou seja, não poderá se candidatar a nenhum cargo político pelo período de 8 anos a contar das eleições de 2022. O (A) Sr (a) concorda ou discorda com essa decisão?”

Dos eleitores ouvidos, mais da metade (55,7%) são homens que discordam da decisão, de 35 a 44 anos (53,8%) de maioria evangélica (58,3%). Os eleitores da região Sul são os que mais discordam da decisão da Corte eleitoral de condenar Bolsonaro à inelegibilidade (59%).

No final de junho do ano passado, o TSE decidiu, por 5 votos a 2, determinar a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos com a alegação de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão foi baseada em uma ação apresentada pelo PDT contra uma reunião de Bolsonaro com embaixadores, na qual ele criticou o sistema eleitoral brasileiro e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Três meses depois, o TSE reafirmou a decisão após um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente. E, em outubro, os ministros condenaram Bolsonaro por suposto uso eleitoral das comemorações do 7 de Setembro durante a comemoração do Bicentenário da República.

Os ministros votaram a favor da inelegibilidade de Bolsonaro, mas não declararam a inelegibilidade do general Braga Netto (PL), candidato a vice-presidente na chapa. Com essa decisão, Bolsonaro ficou inelegível até 2030, ficando impedido de concorrer nas próximas três eleições, incluindo as de 2024, 2026 e 2028.

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