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Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que junho foi o mês com o maior número de focos de incêndio na Amazônia e no Cerrado, nos últimos 16 anos.
Na Floresta Amazônica, foram registrados no mês passado 3.075 focos de incêndio. O número só é superado pelo registro de 2007, quando 3.519 focos foram contabilizados. Em junho do ano passado, o Inpe registrou 2.562 focos de incêndio, o que representa um aumento de 37% entre junho de 2022 e junho de 2023.
No Cerrado, em 2022, o mês de junho registrou 4.239 focos de incêndio. No mesmo mês de 2023 foram 4.472 ocorrências, um crescimento de 5%. Da mesma forma que o bioma amazônico, no cerrado os maiores números de focos também foram registrados em 2007, quando houve 7051 focos de incêndio.
Os dados são considerados altos para o mês de junho, pois a média de focos no Cerrado é de 3.779 e na Amazônia, de 2.682.
Historicamente os meses de julho, agosto e setembro são os meses com os maiores registros de focos de incêndio nos dois biomas. Dados do Inpe apontam que nos meses de julho a setembro, o Cerrado registra, em média, entre 12 mil e 22 mil focos, enquanto na Amazônia, a média pode variar entre 16 mil e 32 mil.
Na Amazônia, queimadas foram mais frequentes do que em 2022
Os dados do Inpe também mostram que o primeiro semestre de 2023 registrou mais focos de incêndio do que o mesmo período do ano passado. Enquanto que nos seis primeiros meses de 2022 ocorreram 7.533 queimadas na Amazônia brasileira, os satélites registraram 8.344 no bioma entre janeiro e junho de 2023 – um aumento de 10%.
No Cerrado, o acumulado do primeiro semestre de 2023 mostrou uma redução dos focos de incêndio quando comparado com o mesmo período de 2022: de 10.869 para 10.322, uma queda de 5%.