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A quantidade de queimadas na região do Pantanal já bateu o recorde histórico para o mês de novembro em apenas 17 dias, com 3.098 focos de incêndio até a manhã desta sexta (17). Os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o maior número havia ocorrido até então em 2002, quando foram registrados 2.328 em todo o mês.
Entre as causas para a disparada na quantidade de focos de incêndio no bioma predominante do Centro-Oeste do país estão a intensa onda de calor e o tempo seco.
A grande quantidade de queimadas no Pantanal levou os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a decretarem situação de emergência, e um plano de trabalho está sendo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para coordenar as ações de combate.
Segundo informações do governo mato-grossense, o decreto vale por 60 dias e prorroga até 30 de novembro o período de proibição de queimadas do estado. As chamas se concentram no Parque Nacional (Parna) do Pantanal, na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dorochê, nos parques estaduais Encontro das Águas e Rio Negro e em propriedades particulares.
Já no Mato Grosso do Sul, o decreto vale por 90 dias e atinge as cidades de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho. Segundo o documento, a onda de calor elevou as temperaturas para 38°C a 43°C, com umidade relativa do ar entre 10% e 30%.
Em um trecho da BR-262, próximo à Corumbá, as queimadas criaram um corredor de chamas na rodovia, o que assustou os motoristas. O fogo destruiu a vegetação nas margens da pista. A ong SOS Pantanal afirmou, na noite desta quinta (16) que as chamas estão se alastrando para a região Norte do Pantanal, atravessando a Transpantaneira.
O Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reforçaram a atuação de brigadistas e aviões para a região, com 299 brigadistas e servidores federais.