O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (9) que quem questionava a segurança das urnas eletrônicas, “perdeu a credibilidade” nas eleições municipais deste ano.
“Uma coisa que me chamou atenção foi a perda de credibilidade de quem atacava a credibilidade das urnas, porque inclusive esse já não foi mais um problema”, disse o ministro no início da sessão da Corte.
Barroso parabenizou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, pela “condução primorosa” do primeiro turno realizado no último domingo (6).
“Não há nenhum país do mundo que, 4 horas e 24 minutos depois das eleições, consiga divulgar o resultado… Com um sistema que tem absoluta confiabilidade, totalmente auditável, um exemplo para todo o mundo”, enfatizou.
O presidente da Corte citou as medidas adotadas pelo TSE para fiscalizar o pleito, como a atuação de observadores internacionais, a abertura do código-fonte das urnas um ano antes das eleições e o monitoramento por todos os partidos, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
“Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro e é um dos orgulhos da nacionalidade, um dos melhores do mundo”, completou Barroso. “Um Brasil que dá certo”, emendou Cármen Lúcia.
Gilmar Mendes ironiza questionamentos de ex-ministro da Defesa em 2022
O decano da Corte, ministro Gilmar Mendes, lembrou os questionamentos feitos pelo ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ao ministro Edson Fachin, que comandava o TSE em 2022, sobre supostos riscos do sistema eletrônico de votação.
“Desta vez, como reconheceu o ministro Barroso, sequer tivemos a contestação das urnas. Os românticos vão achar falta daquelas cartas que o ministro Paulo Sérgio escrevia para o ministro Fachin a propósito das dúvidas sobre as urnas eletrônicas”, ironizou Gilmar.
“[Neste ano] nós não tivemos nem sequer esse lance de humor e de romantismo”, acrescentou o decano. Na última eleição presidencial, Fachin reforçou que o processo eleitoral é conduzido por civis.
"Quem trata de eleição são forças desarmadas. E, portanto, [as eleições] dizem respeito à população civil que, de maneira livre e consciente, escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral", disse o ministro em maio de 2022.
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