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Ex-candidato a vice de Bolsonaro

Quem é Braga Netto, preso por ordem do STF

O nome de Braga Netto surgiu nas últimas investigações da PF sobre uma suposta tentativa de golpe de estado.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Walter Braga Netto, preso neste sábado (14) pela Polícia Federal, já ocupou o cargo de ex-ministro da Casa Civil e foi candidato a vice de Jair Bolsonaro em 2022. A prisão ocorreu no Rio de Janeiro por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O nome de Braga Netto surgiu nas últimas investigações da PF sobre uma suposta tentativa de golpe de estado. Em depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou que o ex-ministro teve participação ativa na organização. Braga Netto, assim como Bolsonaro, negou o envolvimento, planejamento ou tentativa de execução de qualquer esquema de golpe de Estado.

O militar entrou no governo de Jair Bolsonaro para assumir a Casa Civil, substituindo Ônix Lorenzoni. Devido à sua proximidade com as Forças Armadas, foi nomeado ministro da Defesa em 2021. No ano seguinte, concorreu ao cargo de vice-presidente na chapa de Bolsonaro.

Braga Netto ganhou destaque durante intervenção federal do Rio de Janeiro

Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, Braga Netto tem 64 anos e ingressou no Exército em 1974. Já ocupou cargos de relevância como chefe do Estado-Maior da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e comandante do Comando Militar do Leste (CML). Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016, foi o coordenador-geral da Assessoria Especial.

Mas foi durante a intervenção militar do Rio de Janeiro, em 2018, Braga Netto ganhou destaque ao assumir o comando da segurança pública no estado. Na época, Braga Netto era comandante do Comando Militar do Leste, já responsável pelas áreas do Rio de Janeiro, além do Espírito Santo e boa parte de Minas Gerais.

Como interventor federal, Braga Netto ficou responsável pela coordenação das polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros, enfrentando um cenário marcado por alta criminalidade e instituições de segurança desarticuladas.

É no Comando Militar do Leste que o general da reserva está agora detido sob custódia das Forças Armadas.

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