Aos 72 anos, o economista Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) tem longo histórico na política e já atuou como deputado federal por 7 mandatos| Foto: Câmara dos Deputados
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Herdeiro da vaga de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o economista paranaense Luiz Carlos Hauly, companheiro de sigla do ex-procurador da Lava Jato, somou pouco mais de 11 mil votos nas eleições do ano passado.

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Hoje com 72 anos, Hauly possui longo histórico na política iniciado na década de 70 ao vencer eleição para o cargo de vereador de Cambé, município que fica a 400 quilômetros de Curitiba, do qual também exerceu o cargo de prefeito. A formação em Economia o levou a atuar como secretário da Fazenda do Paraná no final da década de 80 durante o mandato do ex-governador Alvaro Dias, também do Podemos.

Em Brasília, foi deputado federal por sete mandatos consecutivos, entre 1991 e 2009. Já integrou três partidos antes de ingressar na legenda atual: MDB, PP e PSDB. O economista é autor de um projeto de lei que prevê a criação de um imposto simplificado, chamado Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na reforma tributária que está atualmente em discussão no Congresso.

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Hauly conquistou a vaga após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proferida nesta sexta-feira (9), que derrubou entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que havia determinado que o pastor Itamar Paim (PL-PR) seria o suplente de Dallagnol. Paim conquistou 47 mil votos nas eleições, ou seja, mais do que quatro vezes os votos de Hauly.

Em entrevista ao Estadão neste sábado (10), o economista disse ser a favor da vida desde a concepção até a morte natural e defensor dos valores morais. No entanto, enquanto Deltan Dallagnol era uma das vozes mais contundentes de oposição ao governo Lula na Câmara, o deputado do Podemos dá sinais de que não buscará dificultar a vida do governo Lula.

“Sempre fui adversário do PT, mas temos muitos pontos em comum, como a questão do arcabouço fiscal, a reforma tributária e outras reformas estruturantes. Então, quero ter essa liberdade de votar o que for do meu entendimento para o bem do País. Mas não estou mais para fazer oposição enfática, como fiz no passado. Estou mais para construir pontes do que arrebentar pontes”, declarou.