Em meio a posicionamentos de figuras da esquerda brasileira em defesa do terrorismo do Hamas, as redes sociais e os jornais têm dado destaque às falas polêmicas do jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi. Altman também já assinou uma coluna no site oficial do PT.
O jornalista virou alvo de críticas por comemorar a entrada do Hezbollah na guerra contra Israel e por comparar judeus a ratos logo após a deflagração do conflito.
O Hezbollah assumiu a autoria dos ataques contra Israel realizados no sábado (14), nas Fazendas Shebaa, área localizada na fronteira entre Israel e Líbano.
Breno Altman também lamentou que o governo brasileiro esteja buscando responsabilizar igualmente os dois lados do conflito. O jornalista defende a narrativa de que o Hamas está apenas reagindo contra um suposto colonialismo de Israel.
Para Altman, não basta não chamar o Hamas de terrorista, é preciso condenar as reações de Israel ao massacre planejado e executado pelos terroristas contra civis desarmados, incluindo mulheres, idosos e crianças.
Ao discursar durante ato realizado em São Paulo pela comunidade palestina, no domingo (15), o jornalista disse que “o estado colonial de Israel é um inimigo da humanidade” e “a encarnação de uma das mais brutais doutrinas racistas da nossa era”.
Nas redes socias, o jornalista é seguido por figuras como os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Gleisi Hoffmann (presidente nacional do PT), além de ministros do governo petista e do próprio presidente Lula.
Origem judaica
De origem judaica, Altman tem militado ativamente nas redes sociais e participado de protestos contra Israel.
O jornalista Breno Altman é filho do advogado e também jornalista, Max Altman, falecido em 2016. Polonês de origem judaica, Max foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo Breno, seu pai “dedicou sua existência à luta pelo socialismo, à revolução proletária e à solidariedade anti-imperialista”.
Passagem pela Lava Jato
Crítico da Lava Jato e próximo a José Dirceu (PT), Breno Altman chegou a ser conduzido coercitivamente em um dos desdobramentos da operação, em 2016, sob a acusação de ser o elo entre o PT e o empresário Ronan Maria Pinto, condenado por envolvimento em esquema de corrupção nos transportes públicos de Santo André (SP) durante a gestão do prefeito assassinado, Celso Daniel (PT). Altman foi absolvido pelo então juiz da operação, Sergio Moro.
Um ano depois de ter sido conduzido coercitivamente para depoimento, Altman disse que o “segredo” da Lava Jato era “transformar cada investigação num show, num grande espetáculo de mídia, e provocar uma comoção social a partir dos meios de comunicação”.
Velhas amizades
Recentemente, ao participar de uma discussão sobre a guerra no canal Opera Mundi, José Dirceu criticou Lula por ter se referido, em um primeiro momento, aos ataques a Israel como “terroristas”, mesmo que não tenha citado o Hamas na declaração.
A discussão foi mediada por Altman e também contou com a participação da militante petista e mestre em economia política, Rose Martins, e do ex-integrante do PT e fundador do PSTU, Valério Arcary.
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