Quatro pessoas foram presas e interrogadas pela Polícia Federal por suspeita de participação no crime.| Foto: Pixabay

Os quatro presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Spoofing sob suspeita de envolvimento no ataque hacker ao celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades já foram interrogados. Um deles, Walter Delgatti Neto, teria confessado sua participação no crime e estaria colaborando com as investigações.

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Veja quem são os acusados que estão detidos:

Walter Delgatti Neto

Conhecido como “Vermelho”, ele tem 30 anos e mora em Araraquara (SP). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ele tem oito passagens pela polícia nos últimos sete anos. Entre os processos que responde estão acusações de furto, falsidade ideológica e estelionato.

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De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Delgatti Neto dizia que era investidor e afirmou ter uma conta na Suíça. O suspeito preso também fingia ser aluno da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo informações da Justiça Eleitoral, Delgatti Neto é filiado ao DEM. Nas redes sociais, o suspeito costumava dirigir críticas ao presidente Jair Bolsonaro e a ministros do governo.

Delgatti Neto é apontado pela PF como o líder do grupo preso nesta semana. Segundo o O Estado de São Paulo, ele confessou ter sido o responsável pela invasão dos celulares de Moro e outras autoridades e estaria colaborando com as investigações. A PF não confirma essa informação.

O advogado Luiz Gustavo Delgado, que representa Delgatti Neto, disse nesta quarta-feira (24) que levou remédios de uso controlado e um cobertor para seu cliente na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. "Conversei com ele. Ele tem problemas psiquiátricos. Está atordoado."

Gustavo Henrique Elias Santos

Amigo de Walter, Gustavo tem 28 anos e se apresenta como DJ. Ele foi preso em São Paulo. Gustavo também já tem passagem pela polícia. Ele foi condenado, em 2015, por receptação de uma caminhonete furtada, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

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Em 2015, Gustavo e Walter foram detidos no parque Beto Carreiro, em Penha (SC), e a polícia encontrou com os suspeitos munições e uma carteira falsa da Polícia Civil.

A Polícia identificou movimentações suspeitas nas contas de Gustavo. Entre abril e junho do ano passado, ele teria movimentado R$ 424 mil, segundo a PF. Ele declarou ter uma renda mensal de R$ 2,8 mil. Nas buscas realizadas no endereço de Gustavo, a PF encontrou R$ 100 mil em espécie.

Suelen Priscila de Oliveira

Suelen Priscila de Oliveira é casada com Gustavo. Ela tem 25 anos e não tem passagem pela polícia. Em 2015, foi ouvida como testemunha no episódio da detenção do marido e de Walter.

A PF também identificou movimentações atípicas na conta de Suelen. Ela movimentou R$ 203,5 mil entre março e maio deste ano, segundo a polícia.

O advogado Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo e Suelen, disse desconhecer o envolvimento de seu cliente com atividades de hackers.

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Danilo Cristiano Marques

Danilo Cristiano Marques tem 33 anos, mora em Araraquara e é apontado como um amigo antigo de Walter. Ele também não tem passagens pela polícia. É motorista de Uber e, segundo o site O Antagonista, negou participação no ataque cibernético aos celulares das autoridades.