“Não deu certo a facada em 2018, a PF não quer saber quem tentou matar Bolsonaro, e querem me tirar de combate a qualquer preço”, afirmou Bolsonaro| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Nesta segunda-feira (29), ao falar sobre a operação da Polícia Federal (PF) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que querem tirá-lo de combate “a qualquer preço”.

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Para o ex-mandatário, a operação de hoje faz parte de um conjunto de ações deflagradas contra ele desde que assumiu a Presidência, em 2019, quando teve início uma escalada de decisões de ministros dos Tribunais Superiores consideradas abusivas.

“Nunca usei de nada para chantagear e intimidar quem quer que seja. Eu fui perseguido durante quatro anos. Quase que diariamente tinha uma decisão da Suprema Corte para informar algo em 24 ou 48 horas. Você não viu nada disso acontecendo no ano passado com esse atual governo [...] Nunca me socorri da Abin para me defender do que quer que seja, afinal de contas, eu não devo nada para ninguém. Fiz um trabalho decente, bastante cansativo. Não tenho nenhuma acusação de corrupção. Não teve desvio, não teve superfaturamento, não tem denúncia de propina. O que eles estão temendo? A minha altíssima popularidade? Não consigo entender por que essa perseguição, ou melhor, consigo entender sim, eu sou uma ameaça. Não deu certo a facada em 2018, a PF não quer saber quem tentou matar Bolsonaro, e querem me tirar de combate a qualquer preço”, afirmou Bolsonaro durante entrevista concedida ao programa 3 em 1, da Jovem Pan.

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Ao finalizar a entrevista, o ex-presidente disse que está esperando a Globo entrevistá-lo ao vivo. A fala faz referência à cobertura da operação feita pelo programa Conexão GloboNews, que divulgou duas informações falsas: a de que teria sido encontrado um computador da Abin em poder de Carlos Bolsonaro e de que a família Bolsonaro teria fugido de barco ao saber da chegada da PF.

Algumas horas depois de fazer diversas ilações contra o vereador pela suposta posse do equipamento, a apresentadora do programa, a jornalista Daniela Lima reconheceu que a informação sobre a apreensão do computador não foi confirmada oficialmente pela PF.

A âncora da GloboNews também disse que o ex-presidente e os filhos deixaram o local de barco depois que a PF chegou. Logo depois de fazer a afirmação ao vivo, a jornalista pediu para exibir imagens do local que mostram os agentes da PF saindo da casa da família com o ex-presidente e o vereador acompanhando a operação.

O filho do ex-presidente foi alvo da operação por suspeita de ter recebido dados coletados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos locais das buscas foi o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde foram apreendidos um computador e documentos.

A operação cumpriu, ainda, mandados em Angra dos Reis (RJ), onde a família Bolsonaro tem residência. O ex-presidente e familiares estavam passeando de barco pela manhã e voltaram à residência por volta das 11h30 para acompanhar o cumprimento dos mandados.

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