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Randolfe e partido de Alckmin divergem do PT e criticam eleições na Venezuela
Líder do governo no Congresso e recém-filiado ao PT, Randolfe Rodrigues, disse que eleição na Venezuela foi “sem idoneidade”.| Foto: Lula Marques/Agência Brasil.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), divergiu do posicionamento oficial do próprio partido e criticou as eleições na Venezuela. Randolfe se filiou ao PT no último dia 18, após passar mais de um ano sem partido. Para o parlamentar, o pleito não teve “idoneidade”.

“Uma eleição em que os resultados não são passíveis de certificação e onde observadores internacionais foram vetados é uma eleição sem idoneidade”, disse o senador à CNN Brasil. Ele afirmou que o regime vigente na Venezuela é “autoritário” e “tanto Maduro quanto a oposição carecem de legitimidade”.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, anunciou a vitória de Maduro com 51% dos votos contra 44% de Edmundo González. A oposição contesta o resultado, ressaltando que o órgão eleitoral não divulgou as atas.

Na noite desta segunda (29), o PT divulgou uma nota em que trata o Maduro como “presidente reeleito”. A legenda classificou o processo eleitoral no país vizinho como uma “jornada pacífica, democrática e soberana”.

"Importante que o presidente Nicolás Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais", afirmou o PT.

Milhares de venezuelanos se reuniram nesta terça (30) em Caracas para protestar contra o anúncio da vitória de Maduro pelo CNE. Segundo organizações não governamentais, ao menos 11 pessoas morreram durante as manifestações. Um balanço divulgado pela Procuradoria-Geral da Venezuela apontou que ao menos 749 manifestantes foram presos.

PSB, partido de Alckmin, condenou “violações perpetradas” pelo regime chavista

O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, disse que a legenda condena as “violações perpetradas pelo regime chavista”. O posicionamento da sigla do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, contraria o que é defendido pela sigla do presidente Lula.

“O PSB condena as violações dos direitos humanos e democráticos perpetradas pelo regime chavista. Consideramos esse regime uma ditadura e, como tal, sabíamos que ele não realizaria uma eleição livre, transparente e democrática”, disse Siqueira no X. Alckmin ainda não se manifestou sobre as eleições no país vizinho.

Lula disse que PT “fez o que tem de fazer” em nota sobre Maduro

O presidente Lula (PT) defendeu a apresentação das atas eleitorais, mas minimizou as suspeitas em torno da vitória de Maduro. Questionado sobre a nota do partido, o mandatário disse que o PT tem autonomia e “fez o que tem de fazer”.

“O PT fez o que tem de fazer. O PT não tem de pedir ao governo para fazer as coisas. O PT é um partido que tem autonomia, embora seja o meu partido, não precisa pedir licença para mim: ‘Lula, eu posso fazer isso?’ Não. Faça o que você se sentir melhor fazendo. E o governo faz aquilo que se sente melhor fazendo”, disse Lula em entrevista à TV Centro América, afiliada da TV Globo no Mato Grosso.

“Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo. O que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de se expressar e de provar que não concordam e o governo tem o direito de provar que está certo”, disse o mandatário. Com informações da Agência EFE.

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