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Pandemia da Covid-19

Entenda a nova fase da reabertura em SP, que libera bares, restaurantes e salões de beleza

Nova fase da reabertura gradual em São Paulo liberou funcionamento de salões de beleza, bares e restaurantes
Nova fase da reabertura gradual em São Paulo liberou funcionamento de salões de beleza, bares e restaurantes (Foto: Djalma Vassão/FotosPublicas)

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A capital paulista volta a reabrir nesta segunda-feira (6) de forma parcial, bares, restaurantes e salões de beleza. A cidade e a região do ABC e o sudoeste da Grande São Paulo estão na fase amarela do Plano São Paulo, que permite a retomada gradual de atividades econômicas, apesar da pandemia do novo coronavírus. No sábado (4), o prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou com entidades setoriais as regras que permitem o funcionamento dos estabelecimentos nesta fase da reabertura, seguindo também as determinações do Centro de Contigência contra a Covid-19, do governo do Estado.

Mesmo com o caixa vazio após quatro meses de fechamento, nem todos os negócios devem retomar os serviços como eram prestados antes. É o caso das pizzarias. Por causa de regras do governo João Doria (PSDB), a prefeitura da capital teve de limitar o horário de funcionamento desses estabelecimento na reabertura. Elas terão de funcionar das 11 às 17 horas, com um limite de atendimento em 40% da capacidade da casa.

As pizzarias vinham trabalhando com os serviços de delivery, e assim devem continuar, uma vez que, seguindo o faro dos donos das casas, pizza na hora do almoço não é um programa típico do paulistano. Por isso, muitas casas vão pular essa fase da reabertura.

"A epidemia é temporária. Abrir, fazer essa divulgação, não é uma estratégia boa. Você vai demorar muito tempo para ter retorno. Muitas pizzarias já tentaram essa experiência antes da pandemia, alguns acabaram ficando, outros fecharam depois", afirma o vice-presidente da Associação Pizzarias Unidas do Brasil, André Cotta.

Uma das questões, segundo Cotta, é trabalhista: as casas, que contam com delivery, estão trabalhando com funcionários em regime de redução de jornada, seguindo a Medida Provisória 936. "Não tem como a gente abrir no almoço e manter o pessoal para a noite." A outra tem a ver com o hábito da cidade. "No Brasil, em São Paulo, pizza é à noite", diz.

Retomada sem escolas é desafio extra para pais

O plano de reabertura gradual do estado de São Paulo não prevê a retomada das escolas – assim como o transporte coletivo, o setor será avaliado a parte e no futuro. Voltar ao trabalho presencial com as escolas ainda fechadas virou um dilema para quem tem filhos. A situação fica mais complicada porque, desta vez, não é possível contar com aquela ajuda salvadora dos avós, grupo de risco para a Covid-19. As soluções, algumas vezes, estão longe do ideal. É o caso das mães que pedem demissão para ficar com as crianças ou de casais que fazem 'ginásticas' no trabalho.

Há cerca de três semanas, Marina Melo, de 31 anos, teve de deixar o emprego como auxiliar de departamento pessoal depois que soube que precisaria voltar ao escritório, em Caraguatatuba, litoral paulista. "Fui lá, conversei. Perguntaram se tinha opção. Mas não tenho. Fiquei chateada. Senti que estava abrindo mão de novo do meu futuro." Marina é mãe de Maria Júlia, de 11, Henrique, de 5, e Maria Vitória, de quase 2. Antes da quarentena, os mais velhos se dividiam entre escola e babá, enquanto a caçula ficava na creche.

Há, ainda, as famílias que estão fazendo adaptações. Os advogados Marcelo Escobar, de 43, e Laura Barros, de 41, flexibilizaram as agendas para ficar com Dora, de 5, e Bento, de 1 ano e meio. "A gente precisa fazer uma ginástica enorme. Às vezes temos compromisso no mesmo horário", conta Escobar. Ele está preocupado com a reabertura. "Não tem a menor condição. A minha mãe é grupo de risco ao cubo. Os pais da minha esposa são a mesma história."

Já a fisioterapeuta Juliana Albano, de 32, voltou a atender na sua clínica há cerca de três semanas. Enquanto trabalha de manhã os filhos Raphael, de 2, e Gustavo, de 9, ficam com a sobrinha adolescente Nicolly, que passou a residir com eles nos dias úteis. "Esse ir e vir é complicado. Por isso, ela fica lá em casa a semana toda. É uma companhia para os meninos. Comida e essas coisas eu faço."

Como vai funcionar a reabertura em São Paulo

Bares e restaurantes

  • Bares e restaurantes podem voltar a funcionar com horário reduzido, de seis horas, e somente até às 17 horas;
  • Durante a fase amarela, está proibido o atendimento a clientes que estejam consumindo os produtos nas calçadas;
  • A ocupação máxima nos estabelecimentos pode ser de 40%;
  • As mesas, que não poderão ser ocupadas por mais de seis pessoas, devem ter 2 metros de distância entre elas e as cadeiras distância de pelo menos 1 metro;
  • Os clientes só poderão consumir os alimentos dentro dos estabelecimentos se todos estiverem sentados, seguindo corretamente as recomendações de higiene;
  • O uso de máscara é obrigatório tanto por clientes quanto por funcionários;
  • As portas e janelas deverão estar preferivelmente abertas, privilegiando a ventilação natural. Em caso de ambientes climatizados, os estabelecimentos devem garantir a manutenção dos aparelhos de ar condicionado;
  • Os cardápios deverão ser disponibilizados por meio de plataformas digitais (site do estabelecimento, menu digital via QR Code ou aplicativo) ou cardápios de grande porte e visibilidade dispostos nas paredes do estabelecimento, como lousas, quadros e luminosos;
  • Os restaurantes que atuam com a opção de self-service e com sistema de pedidos para consumo no interior do estabelecimento devem disponibilizar garçons e colaboradores para servir os clientes devidamente paramentados com equipamentos de proteção individual.

Salões de beleza

  • A ocupação máxima pode ser de 40% da capacidade e esses estabelecimentos podem funcionar por seis horas;
  • O atendimento aos clientes deverá ser feito exclusivamente por meio de agendamento, evitando filas de espera e de maneira individualizada;
  • Sempre que possível, o atendimento precisa ser feito em cabines individuais, por um profissional por vez e os clientes não poderão estar acompanhados por outras pessoas;
  • É obrigatório o uso de máscaras;
  • É obrigatória a adoção de protocolos específicos de higiene e distanciamento;
  • Poderá também ser implementado um horário exclusivo de atendimento para clientes acima de 60 anos ou que são do grupo de risco;
  • Os funcionários deverão utilizar touca, máscara reutilizável e óculos de proteção ou protetor facial, gorro, avental impermeável de mangas longas e luvas para tratamentos;
  • Tanto as barbearias quanto os salões de beleza deverão lavar os cabelos e orelhas dos clientes antes de iniciar o corte de cabelos para minimizar a possibilidade de contaminação;
  • As esmalterias devem diminuir a quantidade de esmaltes expostos; usar luvas; higienizar a poltrona e a mesa de atendimento a cada cliente;
  • A distância mínima entre estações de trabalho deve ser de 2 metros, devendo serem utilizadas de modo intercalado, se necessário, e a distância entre os clientes de pelo menos 1,5 metro.

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