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O Concurso Nacional Unificado (CNU) está sendo realizado neste domingo (18). Até o início da tarde, não haviam sido relatados intervenientes para sua realização. O CNU é o maior processo seletivo para servidores públicos já realizado no Brasil, com mais de dois milhões de inscritos para 6.640 vagas em 21 órgãos federais.
No fim da manhã, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, fez um balanço sobre a primeira etapa das provas e afirmou que o certame seguiu sem intercorrências.
A parte da manhã foi destinada à redação e questões discursivas, enquanto as provas com questões objetivas serão aplicadas no período da tarde. Dweck reportou que o concurso teve início no horário previsto, às 9h.
A ministra apenas relatou que faltou energia em alguns locais, mais especificamente no Rio de Janeiro, mas que teriam sido resolvidos antes do início das provas.
De acordo com o ministério da Gestão, as provas foram enviadas via Correios para os mais de 3,6 mil locais de aplicação, em 228 municípios em todo o país. As informações são da Agência Brasil.
Ao todo, 2,1 milhões de candidatos se inscreveram para o certame, que tem sido chamado de Enem dos concursos. Os de nível superior fizeram provas de conhecimentos gerais e discursivas, enquanto os de nível médio responderam às de português e redação.
O tema da redação foi "em que medida a educação e o progresso científico e tecnológico podem contribuir para reduzir as desigualdades socioeconômicas e ampliar o desenvolvimento da sociedade brasileira".
À tarde, para os candidatos de nível médio, o exame trará questões de direito, matemática e assuntos gerais. Já os de nível superior, farão as provas de conhecimentos específicos.
Durante o balanço, Esther Dweck ainda afirmou que o índice de abstenção tinha sido alto, mas que estava dentro da média estimada para concursos públicos. A ministra fará novo balanço no fim do dia, às 18h, quando fornecerá mais detalhes sobre a realização do concurso.
"Não tem nada além do previsto. Abstenção em concurso público é uma coisa alta. A gente viu concursos recentes, como o do Banco Central, que tem uma taxa muito alta de abstenção, mesmo sendo um concurso caríssimo, relativamente mais caro que o Concurso Unificado. Isso é comum: as pessoas se inscrevem, mas nem todo mundo consegue se preparar", afirmou a ministra.
Dweck fez o balanço sobre o CNU logo após visitar a sala de situação - que monitora a realização do exame - situada no Datasus, em Brasília. Ela acompanhava o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).
Por sua vez, Lula destacou que é a primeira vez que o governo federal faz um concurso simultâneo em todo o país. “A gente está inovando de verdade no jeito de contratar gente neste país. Nós precisamos adequar a máquina pública ao século 21”, afirmou na ocasião.
As provas do CNU estavam previstas para o dia 5 de maio deste ano, mas foram adiadas em virtude das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul.