A reforma da Previdência dos sonhos do ministro da Economia, Paulo Guedes, economizaria R$ 1,2 trilhão em dez anos. Proposta dura, previa idade mínima, mudanças em pontos sensíveis como a aposentadoria rural e o BPC, além da criação de um sistema de capitalização, semelhante ao do Chile.
Mas o potencial de economia com as mudanças na Previdência foi encolhendo a cada passo que o projeto deu ao longo da tramitação no Congresso Nacional, numa desidratação já esperada e que faz parte do processo legislativo. A reforma possível, aprovada pelos parlamentares, será promulgada nesta terça-feira (12), em sessão solene.
A tramitação da proposta não foi fácil: o governo sofreu para fazer a articulação política do projeto, que tinha como fiador o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao longo do processo, Guedes não poupou críticas às mudanças que eram incorporadas ao texto e chegou a até mesmo ameaçar deixar o país caso o texto fosse muito modificado.
Não adiantou de nada: com as mudanças incorporadas na Câmara e Senado, o potencial de economia da reforma caiu para R$ 800 bilhões nas contas do governo. Mas esse número pode ser ainda menor se forem considerados os cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, que estima esse potencial em R$ 630 bilhões.
Veja abaixo como o impacto fiscal da reforma foi diminuindo ao longo de sua tramitação – etapa a etapa, do texto proposto pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) até a versão aprovada no Senado Federal.
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