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PEC 45

Após aprovar reforma tributária, Câmara analisa destaques nesta sexta antes de proposta ir ao Senado

Câmara
Sessão na Câmara, às 10h, vai analisar quatro destaques apresentados em segundo turno antes da proposta seguir para o Senado. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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A Câmara dos Deputados retoma, na manhã desta sexta (7), a análise dos destaques de deputados à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45) da reforma tributária, aprovada na noite de quita (6) e esta madrugada por 382 votos no primeiro turno e 375 no segundo. Os votos contrários foram 118 e 113, respectivamente, com 3 abstenções.

A sessão desta sexta (7), marcada para às 10h, vai analisar quatro dos cinco destaques propostos pelos deputados após o segundo turno da votação, que ficaram pendentes da sessão da madrugada encerrada pelo presidente Arthur Lira (PP-AL) às 2h. No primeiro turno, os parlamentares tiveram derrubados sete destaques.

O texto teve a relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Já o autor da medida foi o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

Após a aprovação na Câmara, a PEC e os destaques seguem para apreciação do Senado, onde também precisará ser aprovado em dois turnos antes da promulgação.

Ainda no primeiro turno, a Câmara aprovou também uma emenda aglutinativa, que é o texto com todas as mudanças que foram acordadas entre os deputados e o relator. Foram 379 votos a favor e 114 contrários nesse tópico.

Na manhã desta sexta (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, nas redes sociais, a aprovação do texto pela Câmara. "Parabéns para a Câmara dos Deputados pela significativa aprovação ontem e ao ministro Fernando Haddad [da Fazenda] pelo empenho no diálogo e no avanço da reforma", disse.

Durante um evento na quinta (6), Lula reconheceu que o texto não é exatamente o que o governo desejava, mas o que foi possível em um processo de correlação de forças com o Congresso.

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Emendas e acordos garantiram a aprovação

Acordos de última hora e a liberação de R$ 5,3 bilhões em emendas para os parlamentares ajudaram a garantir a aprovação. As mudanças na PEC 45 foram resultado de negociações envolvendo lideres partidários, governadores e representantes do setor produtivo, como o agronegócio.

Uma das últimas mudanças no parecer de Ribeiro foi a introdução de uma trava de segurança para evitar o aumento da carga tributária com as modificações que vão ser introduzidas no sistema de impostos brasileiro. No ano passado, a carga fechou em 33,71% do PIB, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Outras alterações envolvem alíquota zero para a cesta básica nacional; a entrada em vigor, ao mesmo tempo, da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, de natureza federal) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, de natureza estadual e municipal); a ampliação até 2032 da desvinculação das receitas municipais; a transferência automática de impostos aos municípios e a manutenção de benefícios fiscais para a Zona Franca de Manaus e para o Simples.

O relator também atendeu a pedidos dos governadores para aperfeiçoar as regras de composição e deliberação do Conselho Federativo, que terá 27 membros para cada ente federativo. As deliberações terão que ser aprovadas pela maioria absoluta dos representantes.

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